Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Deputado Major Olímpio é contra a criação dos Partido Militar Brasileiro - PMB

Diário Oficial Poder Legislativo São Paulo, 121 (26) – 23
003 – OLÍMPIO GOMES

Diz que tem sido questionado sobre sua participação na composição do Partido Militar Brasileiro. Esclarece que não assinou o documento sobre a criação da legenda. Afirma
que a substância de sua profissão é a de ser policial e não    militar. Relembra os antigos Ministérios relacionados às    Forças Armadas, aglutinados no Ministério da Defesa.

O SR. OLÍMPIO GOMES – PDT – Sr. Presidente, Sras. Deputadas,    Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que    nos acompanham pela TV Assembleia, muitas pessoas têm me    questionado – quando me encontram, por telefone, pelas redes
sociais – se estou compondo ou participando da composição de  um Partido Militar Brasileiro – PMB.
Quero deixar bem claro que não estou participando dessa    coleta de assinaturas numa tentativa de se montar um partido    de militares, tampouco aprovo tal iniciativa ou sequer incentivo.
Tenho a certeza absoluta de que a criação de um partido específico de militares das Forças Armadas, das Polícias Militares e    dos Bombeiros Militares só aumentaria o distanciamento dos    militares federais e dos militares estaduais com a população.
É inocência imaginar que haverá uma agregação de força a tal ponto que projetos ou medidas relacionadas aos militares federais ou aos militares dos estados poderiam ser aprovados.
Ao contrário. Já temos exemplos recentes na nossa história,    quando se fomentou a criação de um partido de aposentados.    Dizia-se: “Olha, temos 30 milhões de aposentados no País. Vai    se eleger o Presidente da República.” Entretanto, acabou se tornando um partido nanico, sem representatividade na Câmara dos Deputados, no Senado ou nas Assembleias Legislativas.
Não dá para ficar com radicalismos dizendo que só o militar tem capacidade. E mais, para os meus irmãos policiais militares ou bombeiros militares: a substância da minha profissão é ser policial; ser militar é uma forma de um estatuto que rege a minha profissão. Se há alguns companheiros que entraram na academia errada, que deveriam ter entrado nas academias das Forças Armadas e têm os seus sonhos ou recalques, que para lá sigam.
Não vejo o porquê dos já coitados e sofridos policiais militares e bombeiros militares do País pagarem a conta dos erros praticados pelas Forças Armadas, no passado. Muito embora alguns que estejam tentando formatar esse partido entendam que vai dar um corpo imenso, por conta dos seus próprios erros as Forças Armadas só têm perdido força política
na história recente do Brasil. Quem tinha quatro ministérios – o Estado Maior das Forças Armadas, o Ministério do Exército, o Ministério da Aeronáutica e o Ministério da Marinha – acabou perdendo o status de ministério e subordina-se ao Ministério da Defesa, eminentemente de natureza civil.
Portanto, não participo, não estimulo e não concordo. Atualmente, existem 29 partidos políticos no nosso País, e muitos deles são nanicos sem representatividade para que os seus
dirigentes comercializem as legendas no momento das eleições.
Entendo que qualquer partido ou qualquer cidadão que queira democraticamente se filiar esteja respeitando o livre arbítrio  e a conveniência de cada um. Mas digo inclusive me
dirigindo diretamente aos meus irmãos policiais militares. Não entrem nessa cantilena que é simplesmente uma tentativa para a elevação política pessoal, de algo que possa ser significativo para a melhoria da condição de vida dos policiais que são
regidos por um estatuto militar. Não caiam em engodos, ou em cantos da sereia.

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