Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ficaremos quietos até o anúncio do Governador? Qual é a estratégia se for decidido paralisar as Polícias

* José Luiz Barbosa

Daqui até o dia 08 de junho, parece uma eternidade para quem vive exclusivamente de seu salário, embora saibamos que as etapas de pressão podem se estender demais, e isto certamente não será a melhor estratégia para negociar com o governo sem uma certa  vantagem, a de pelo menos estarmos sempre a um passo do que está planejado para arrefecer os ânimos e debelar possíveis focos mais resistentes, de líderanças mais ousadas e que não se submeteram a vontade do governo.
Pela primeira vez na história há um compromisso público de um governante, que assumiu promover o resgate e a dignidade salarial dos policiais e bombeiros militares, sem o que quebrará um pacto de honra e respeito para com o povo mineiro, que espera postura proba, honesta, ética, e transparente, por representar os melhores valores do cidadão de Minas Gerais.
Se de um lado há por parte dos policiais e bombeiros militares, a necessidade de se reajustar salários, por outro, o que se vê e está praticando em outros estados da federação coloca Minas Gerais, no 13º pior salário pago no Brasil, e contraditoriamente mesmo com toda esta desvalorização salarial e profissional, no ranking de estados com menor índice de crimes violentos, disponta entre os primeiros, com inúmeros programas de redução da criminalidade, que estão servindo de exemplo para outras polícias do país, nada mais justo assim em recompensar todo este trabalho, esforço e dedicação com um salário digno e justo.
O que faremos daqui até dia 08 de junho é decisivo para o futuro de nossa luta por valorização profissional, que significa um salário justo e com perspectiva de reajustes anuais, e uma reformulação no modelo de integração das polícias, que sofreu desgaste e demonstrou que precisa de ajustes e revisão de procedimentos para dar-lhe um formato mais de interesse do cidadão, e menos das policias.
As informações e sua divulgação será vital para manter a mobilização, a coesão, o espírito de corpo e o entusiasmo para a assembléia geral do dia 08 de junho, porque será sua a decisão dos rumos e ações, num previsível embate do governo, que apresentará números e dados técnicos, para empurrar ainda mais o urgente e inadiável reajuste salarial, com a fixação do piso salarial em R$4.000,00, ainda sim o que representará nos colocar entre o 4º ou 5º salário na pirâmide Nacional entre polícia e corpo de bombeiro militar.
Este período não pode se resumir a esperar, temos e teremos um trabalho redobrado para triplicar o número de participantes para a assembléia que selará com o governo, que tipo de relação escolherá com os policiais e bombeiros militares, e para isto basta relembrar a todos, o que significou em passado recente o governo do PSDB para nossas vidas e de nossa família, no trágico e épico movimento de 1997.
Há um outro aspecto, que também merece ser destacado, pois o resultado da assembléia poderá ser o momento ideal para se resgatar e reacender os laços de lealdade, entre oficiais e praças, rompidos exatamente quando partirão para a luta para defender seus direitos, dentre estes o de ser respeitado como profissional e cidadão, luta que também e com muita razão pertence a cada oficial, pois cidadania não é privilégio de uns, mas de todos igualmente.
Tivemos na assembléia geral do dia 11 de maio, a prova incontestável de que os policiais e bombeiros militares, estão conscientes e mobilizados, e que também estão dispostos a negociar com o governo a implantação do piso salarial de R$4.000,00, sem ceder ao valor fixado, exigência de que não se abrirá mão, sob pena de se haver conflitos políticos entre outras medidas as quais serão obrigados pelo próprio governo, que teve tempo de sobra para analisar, estudar e planejar o atendimento da justa reivindicação.
A luta política e participativa é a única arma de que dispõe o trabalhador para defender e reivindicar a valorização de sua profissão, e dignidade para o exercício de sua atividade, e de tempos em tempos, uma classe de trabalhadores descobre que é este também seu único caminho para tornar-se livre e capaz de defender seus direitos e garantias, ocupando seu lugar no espaço público como cidadão. 
Espera-se com isto que cada um faça sua parte, e também peça a seu companheiro que faça o mesmo, porque se os policiais e bombeiros militares de cidades do interior, precisam de transporte, e viajam até a noite inteira para vir lutar pela sua valorização, não custa um pequeno sacríficio dos que residem em Belo Horizonte e região metropolitana, e o recado vale também para as entidades que podem investir um pouco mais e dobrar o número de ônibus para o transporte dos milicianos do interior, que estão desejosos de participar de mais este episódio que marcará mais uma página da história.
  
* Presidente da Associação Cidadania e Dignidade, bacharel em direito e fundador do blog.




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