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domingo, 15 de maio de 2011

Inglaterra diz que sai da FIFA se denúncia de corrupção contra Ricardo Teixeira não for investigada

A coisa fica feia:

Sempre escorregadio, sem nunca querer brigar com ninguém, o espertíssimo presidente da FIFA, Joseph Blatter, agora está numa sinuca de bico: a Inglaterra, mãe do futebol, cuja federação é uma das mais importantes do mundo, ameaça deixar a entidade máxima do futebol — causando uma crise sem precedentes — caso não seja investigada a denúncia sobre a suposta exigência de vantagens feita por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, para votar no país como sede da Copa do Mundo de 2018.

Blatter enfrenta uma eleição para renovar seu mandato no próximo dia 1º — está no cargo desde o longínquo ano de 1998 — e debaixo de intenso fogo de seu rival, Mohammed bin Hammam, do Catar. Hoje mesmo bin Hammam reclamou de doação de 30 milhões de euros feitos por Blatter à Interpol, a polícia internacional, sem consultar o Conselho da entidade. O presidente da FIFA, portanto, não pode fingir que não está acontecendo nada em relação às acusações de corrupção.
Se a Inglaterra endurecer sua posição sobre a investigação que envolve o eterno cartola brasileira, não é improvável que seja acompanhada pelas federações de outros países europeus.
Leiam abaixo trecho de reportagem sobre o caso, do competente e sempre atento Jamil Chade, correspondente do Estadão em Genebra.
GENEBRA – A Inglaterra, país que se apresenta como criadora do futebol, insinua que estaria disposta até mesmo a sair da Fifa se as alegações de corrupção na entidade, e que envolveriam suspeitas em relação ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, não forem investigadas.
Nesta quarta-feira, a FIFA pediu todas as evidências aos ingleses em relação ao novo escândalo de corrupção na entidade para tomar uma decisão se abre ou não um processo.
Na terça-feira, o ex-cartola inglês lorde David Triesman prestou depoimento diante de uma CPI do futebol no Parlamento britânico, revelando que pelo menos seis cartolas da FIFA teriam pedido dinheiro e favores em troca de apoiar Londres para sediar a Copa de 2018.
“Diga o que você tem para mim”
No caso de Teixeira, a alegação era de que o brasileiro teria dito a ele de que não deveria procurar apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Venha aqui e me diga o que você tem para mim”, teria dito Teixeira, que não votou pela Inglaterra.
Londres acabou com apenas um voto na escolha das sedes, o que gerou a ira dos ingleses. Nesta quarta, o ministro britânico do Esporte, Hugh Robertson, declarou que a Inglaterra pensaria até mesmo em abandonar a FIFA caso a entidade não investigue as acusações de suborno. “Há um desejo de tentar, trabalhar e mudar a Fifa por dentro. Se a FIFA demonstra que é incapaz de fazer isso, então me atreveria a dizer que todas as opções são possíveis”, afirmou.
O inglês quer que a FIFA siga a reforma que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez em sua estrutura depois da descoberta de compra de votos na escolha de Salt Lake City como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. “Espero que a FIFA se mire no exemplo do COI”, disse.

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