No Globo:
O alvo preferencial da oposição e dos ruralistas agora é o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Ele não terá vida fácil depois de frustrada, na última quarta-feira, a votação do novo texto do Código Florestal , com relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Os líderes oposicionistas e a base do governo não economizam ataques a Vaccarezza e dizem que o petista perdeu a autoridade e a capacidade de conduzir as negociações entre situação e oposição.
Uma das principais lideranças ruralistas, o ex-líder do DEM Ronaldo Caiado (GO) diz que houve uma quebra de compromisso do líder governista: “O Vaccarezza vai se transformar num líder zumbi, ninguém mais vai confiar nele. Não levou à frente o que acertou conosco. Esta é uma mancha irrecuperável na sua biografia”, disse, irritadíssimo.
Os líderes da oposição cobram enfaticamente que Vaccarezza cumpra o acordo feito de só votar a medida provisória que cria o novo regime de licitação para obras da Copa e das Olimpíadas depois da votação do Código Florestal. O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), diz que ainda está aberto ao diálogo, mas desde que se vote primeiro o código. Para Nogueira, o líder do governo enfrenta as dificuldades de lutas internas do partido por espaço político. “Vaccarezza manifesta dificuldade em conciliar a diversidade que existe dentro do PT e que fica mais aparente com os debates do código. O partido cresceu dentro do governo, há disputa por espaços de poder, que envolvem vaidade”.
O líder do DEM, ACM Neto (BA), fala em nova tentativa de acordo, mas diz que, se o petista descumprir o segundo acordo, não negocia com o governo enquanto Vaccarezza for líder.”Quando se fecha acordo, é para ser cumprido. Ou o líder tem autoridade para fechar acordo ou não pode ser líder. Espero que, entre o cargo e a palavra, Vaccarezza fique com a palavra, que é mais importante para o homem público”, disse ACM Neto.
Por Reinaldo Azevedo
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