Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sábado, 10 de dezembro de 2011

ACS/PMBM/ES defende ação justa tomada por integrantes de radiopatrulha do 4° Batalhão


A Diretoria da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo defendeu nesta quinta-feira (08/12) a ação justa tomada por dois soldados de uma radiopatrulha do 4° Batalhão da PM (Vila Velha), que, preocupados com a integridade física de um colega de farda que havia ultrapassado em mais de quatro horas (sem ganhar horas extras) sua escala ordinária de serviço, foi conduzido pela mesma viatura até sua residência. Em represália à atitude tomada pelos dois soldados, a Corregedoria Geral da PM prendeu os dois em flagrante, ainda na noite de quarta-feira (07/12), quando voltavam para seu posto, em Vila Velha.


O soldado levado até sua residência pegou no serviço às 7 horas de quarta-feira. Deveria ter largado o trabalho às 19 horas. Entretanto, como estava participando de uma ocorrência, ele teve que ficar no Departamento de Polícia judiciária (DPJ) de Vila Velha até as 23 horas.

Depois de liberado, ele se preparava para ir embora para casa, em Santo Antônio, em Vitória. O soldado não tem carro e naquele horário não havia mais ônibus. Dois soldados que estavam em uma radiopatrulha se prontificaram a levá-los até a cabeça da Cinco Pontes, em São Torquato, que é o limite de circunscrição das guarnições que atuam em Vila Velha. Para passar da Cinco Pontes, só com ordem do Ciodes.

Os policiais chegaram até a Cinco Pontes, pelo lado de São Torquato, mas acabaram esticando até Santo Antônio, porque ficaram preocupados com a integridade física do colega. Se fosse a pé pela ponte, o soldado teria que passar por pontos de vendas de drogas na Ilha do Príncipe, local onde a Polícia Militar está sempre realizando operações. Fardado, o soldado, sozinho, seria alvo fácil de traficantes e estaria correndo risco.

Os dois soldados da guarnição do 4° BPM, então, o levaram até em casa, em Santo Antônio, mas quando voltaram para Vila Velha receberam voz de prisão de agentes da Corregedoria. Neste momento, os dois soldados estão presos numa cela, na carceragem do Quartel da PM, em Maruípe, por terem evitado que um colega de farda corresse algum risco.

A prisão deles provocou imediata reação de colegas e da Diretoria da ACS/PMBM/ES:

“Ainda que em tese houvesse o cometimento de um ilícito penal militar, é inegável que os ânimos dos policiais militares sem sobra de dúvida foram pela preservação da integridade física de um policial militar que foi levado a sua residência, pois deveria ter saído do serviço às 19 horas, mas por força do serviço prestado à sociedade, teve que permanecer no referido serviço até as 23 horas devido a uma lavratura de flagrante”, disse o presidente da ACS/PMBM/ES,Jean Ramalho.

A ACS/ES já está peticionando ao juiz auditor da Justiça Militar, Getúlio Marcos Pereira Neves, que relaxe a prisão em flagrante imediatamente, “pois entendemos que a conversão da prisão em flagrante em preventiva, neste caso em concreto, não encontra guarita na Lei Instrumental Penal Militar”, afirma Jean Ramalho.

Outro diretor da ACS/PMBM/ES, Flávio Gava, entende que a prisão dos dois soldados é uma espécie de autofagia institucional:

“Em vez de estar preocupada com a segurança dos cidadãos e de seus policiais a PM prende dois soldados que quiseram, simplesmente, garanti a integridade física de um colega de farda. Isso é no mínimo ridículo”, protestou Gava.

O presidente Jean Ramalho pede bom senso por parte dos comandantes militares. Segundo ele, ao levarem o colega em casa, por considerar que ele corria algum tipo de risco, os soldados não causaram nenhum prejuízo para a população:

“No período em que a radiopatrulha se deslocou da cabeça da Cinco Pontes até Santo Antônio houve alguma ocorrência policial que deixou de ser cumprida? A sociedade teve algum prejuízo? Os soldados agiram dentro de uma convicção de segurança. Tomaram uma decisão coerente e justa. Por isso, nós, da ACS/ES, estamos convictos de que a decisão dos integrantes da radiopatrulha foi a mais correta possível, pois eles garantiram a preservação da integridade física de um policial. A ACS/ES espera que o Comando Geral da PM regulamente esse tipo de situação. A prisão dos dois policiais que julgaram, em tese, que se deixassem o colega de farda passar fardado pela Ilha do Príncipe ele poderia sofrer retaliação por parte de marginais, é injusta. Neste caso, a mão estatal foi levada ao extremo”, disse Jean Ramalho.

Fonte: ACS/ES

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