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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PM apura se major morto em assalto em SP emprestou colete a jornalista


Policial e suspeito morreram na noite desta quarta, na Zona Sul. Para a PM, major descumpriu regra sobre uso do colete à prova de balas.
Kleber Tomaz
Do G1 SP 
A Polícia Militar investiga se o major morto durante uma tentativa de assalto a uma loja de material de construção na Zona Sul de São Paulo, nesta quarta-feira (7), emprestou o colete à prova de balas que deveria usar a um jornalista que acompanhava a operação. A informação é do coronel Marcos Roberto Chaves da Silva, responsável pelo Comando de Policiamento da capital. Segundo ele, a corporação recebeu nesta quinta (8) a informação sobre o empréstimo do equipamento e irá apurar o caso. A tentativa de assalto aconteceu no M’Boi Mirim. Pelo menos oito pessoas foram feitas reféns e libertadas sem ferimentos, segundo a PM. O homem que disparou contra os policiais já teria chegado morto ao Hospital do M’Boi Mirim para onde os baleados foram encaminhados. O major Sandro Moretti Silva Andrade, de 46 anos, morreu quando era levado para a sala de cirurgia. Ele foi atingido na barriga. O estado de saúde de um terceiro ferido, um soldado da PM atingido no ombro esquerdo, era estável nesta manhã, de acordo com a PM. Nesta madrugada, a Polícia Científica realizou a perícia na loja de material de construção.
Já o coronel Álvaro Camilo, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, afirmou que Andrade descumpriu a recomendação da corporação sobre o uso do colete à prova de balas. Segundo Camilo, o uso do equipamento é obrigatório para todos os policiais militares fardados em operação. O comandante-geral afirmou desconhecer a informação sobre o empréstimo do colete, e que isso será apurado no âmbito administrativo da corporação.
“Ele não seguiu as orientações e normas da PM que determina o uso obrigatório do colete quando se está fardado e em atividade operacional. O uso do colete, bem como da pistola calibre 40 e do gás de pimenta, é de uso individual de cada policial militar.
Houve uma falha operacional neste caso, mas quero deixar claro que ele morreu como herói tentando salvar outras vidas”, disse Camilo. O comandante-geral não soube dizer se Andrade estava negociando a libertação dos reféns quando foi baleado. Entretanto, ele salientou que o major tinha curso de gerenciamento de crise, trabalhou por um tempo no Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e tinha toda a capacitação para agir numa situação como essa. Ainda de acordo com o coronel Álvaro Camilo, a morte do major era inevitável já que o tiro atingiu uma parte do ombro que o colete não protegeria, atingindo órgãos importantes. Investigação Como o caso envolve a participação de PMs numa ação que resultou em morte de um suspeito, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, irá investigar o caso, tratado como homicídio e resistência à prisão seguida de morte, segundo o delegado divisionário Maurício Guimarães Soares. Soares, no entanto, afirmou que não vai apurar a conduta do major em relação ao uso ou não do colete. “Isso cabe à PM. Vamos investigar somente as circunstâncias de como ocorreram as mortes do policial e do suspeito”. De folga O policial morto havia chegado há pouco tempo em São Paulo, vindo de Novo Horizonte. Ele morava no batalhão. Segundo a coronel Maria Aparecida Carvalho Yamamoto, Sandro estava de folga, mas se prontificou a ajudar na operação. Ele tinha dois filhos: uma menina, de seis meses, e um rapaz, de 18 anos.

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