GALVANI SILVA
Galvani Silva diz que pensou que iria morrer. Apesar disso, afirma que não pretende tomar medidas que possam prejudicar o capitão Eleotério
03/05/2013 17h54
O repórter Galvani Silva esteve na redação de DeFato na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, e contou sobre os momentos de terror pelos quais passou no fim da manhã de quinta, 2, quando foi agredido pelo capitão da Polícia Militar de Itabira, Newton Arlem Eleotério, dentro da rádio Pontal FM. “Sei que ele agiu por impulso. Alguém fez alguma brincadeirinha com ele para agir do jeito que agiu”, comentou.
O motivo das agressões é passional. Galvani Silva conta que manteve conversas via internet com a esposa do policial militar, mas que nunca chegou a ter qualquer encontro direto com a mulher. “Há cerca de dois meses e meio ele soube dessas conversas e até então estava tudo tranquilo. Acredito que alguém chegou com ‘conversinhas’ para o capitão e ele ficou daquele jeito”, diz o repórter.
Os hematomas no rosto do repórter dão a noção de como foram as agressões. Galvani Silva foi imobilizado pelo PM e levou socos e cotoveladas. “Pensei que iria morrer. Eu só conseguia pedir para que ele parasse”, narra. O diretor executivo da rádio Pontal, Marcos Evangelista Alves, tentou apartar a briga e também acabou com hematomas em um dos braços.
Apesar da gravidade das agressões, Galvani diz não querer prejudicar a carreira e a vida do militar. “Foi um caso isolado. Já ouvi de pessoas próximas que ele se arrependeu. Eu sei que foi por impulso”, afirma o repórter.
A Polícia Militar abriu processo administrativo para apurar a situação. O capitão Eleotério estava fardado, armado e a serviço quando cometeu as agressões. Na manhã desta sexta-feira, Galvani esteve no quartel do 26º Batalhão da PM de Itabira para prestar depoimento. O capitão continua detido e há possibilidade de que ele seja transferido de município. Newton Eleotério está em Itabira há quatro anos.
Galvani Silva é repórter policial em Itabira há 16 anos. Ele diz que o comandante da PM, Júlio Maria Abílio, e o sub-comandante, Laurito Reis, estiveram no Pronto Socorro na noite de quinta-feira e prestaram solidariedade. “Sei que foi um caso isolado. Minha relação com a PM continua a mesma”, encerra.
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