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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Senado esconde falta de senadores em plenário


Casa diz que vai revelar ocupantes dos imóveis funcionais e afirma estudar divulgação de despesas médicas de senadores, mas considera os sigilos legais

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Então presidente, José Sarney determinou, mas faltas de senadores não são divulgadas
Senado, que levou dois anos para publicar só metade dos pedidos de jornalistas por maistransparência, esconde as faltas dos senadores em plenário. Apesar das promessas de transparência feitas pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), a Casa publica as listas de presença no Diário do Senado. No entanto, essa relação não dá ao cidadão meios para descobrir o total de faltas e anotações de presença que cada parlamentar teve em um ano ou mês, por exemplo.
A Casa afirma que publica regurlamente informações sobre assiduidade dos parlamentares. “As listas de presença em plenário também são publicadas nos Diários do Senado Federal, que são distribuídos diariamente e estão à disposição para consulta na internet”, disse a assessoria do Senado. As faltas, entretanto, permanecem em sigilo. Ao contrário do Senado, a Câmara revela esse tipo de informação. Veja exemplo aqui.
As listas de presença mencionadas pelo Senado impedem o cidadão comum de obter a mesma informação disponível na Câmara. Para vencer essa barreira, desde 2007, o Congresso em Foco faz levantamentos estatísticos no Senado utilizando-se de pelo menos duas fontes de informação, as listas diárias de presença, onde as faltas são calculadas por eliminação, e as de licenças, usadas para deduzir as ausências. Todo esse processo tem que ser refeito inúmeras vezes até se chegar a um total de presença e faltas. Para o cidadão leigo, esse procedimento torna-se inviável.
Ao mesmo tempo, o Senado não se pronunciou sobre um relatório secreto de faltas que ele mesmo produz e entrega aos gabinetes dos parlamentares. Esse documento, se publicado, poderia resolver o problema de transparência apontado pela reportagem deste site. OCongresso em Foco pediu novos esclarecimentos sobre a ausência dos totais de faltas e presença, mas não obteve retorno da Casa.
Saúde e sigilo

O Senado disse que estuda a publicação das despesas médicas de cada senador, ex-parlamentar e seus familiares, conforme pedido do Comitê de Imprensa da Casa feito em 2011. Passados dois anos, porém, o órgão ainda não decidiu o que fazer. O Senado revela apenas os totais gastos com o plano de saúde vitalício.
O temor é que as informações tenham caráter privado. “Há vários elementos passíveis de classificação no universo maior das chamadas ‘informações pessoais’, no que tange à proteção da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas”, disse a assessoria da Casa, ao mencionar trechos da própria Lei de Acesso à Informação.
Para a instituição, “diversos dados contidos nos registros de despesas médico-hospitalares e odontológicas” só podem ser revelados se for garantida a proteção a informações de caráter pessoal. Essa discussão já foi feita em outros órgão, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Câmara. Na Câmara, um ato da Mesa do ano passado determina a divulgação das despesas médico-hospitalares. Mas a publicação não é feita por falta de regulamentação, de acordo com a assessoria do Senado.
72 apartamentos
O Senado afirmou à reportagem que pretende divulgar a ocupação dos 72 imóveis funcionais por senadores, autoridades e servidores. Hoje, essa relação está desatualizada e sem a inclusão dos nomes. A medida deve ser feita pela recém-criada Secretaria de Transparência. A Casa vai reformular o portal de transparência do Senado, onde “serão incluídas ainda mais informações”.
Até 2011, 42 apartamentos eram ocupados por senadores e um por um deputado que foi senador. Vinte e oito senadores recebiam auxílio-moradia de R$ 3.800 e 11 não tinham o e nem usavam imóveis funcionais.
Não fica claro se o Senado vai publicar todas as normas internas feitas hoje e se irá liberar a intranet para o público, que permite fazer pesquisas textuais nessas regras. Hoje, apenas a seção II do boletim administrativo é divulgada, e não há acesso às ferramentas de pesquisa.
O Senado não se pronunciou oficialmente sobre a publicação das cópias das notas fiscais de gastos feitos com a verba indenizatória dos senadores.  A Casa afirmou que as atas das reuniões da Mesa Diretora agora são publicadas na íntegra, sem resumos.
A reportagem solicitou ao Senado mais esclarecimentos sobre questões ainda sem resposta, mas não obteve novas informações até a noite desta terça-feira (7).

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