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Pois bem, creio que não custa nada respeitar a autoridade policial. Muitos vão falar isso e aquilo. Mas vamos ser francos: toda polícia é a cara e a alma do seu governador. A polícia Militar e a Polícia Civil estão subordinadas constitucionalmente ao poder do executivo. Elas não respondem à FIFA, ao Governo Federal e muito menos aos partidos políticos. As praças, principalmente, nem passam perto do governador.
Na rua eles estão trabalhando, foram treinados para isso e não quero acreditar que eles não sabem de que neste país as coisas não andam muito bem há tempos. Não muito tempo, os próprios Policiais Militares tomaram as ruas de todo o Brasil.
A greve de 1997 começou em Minas e se alastrou rapidamente. Depois eles foram cruelmente reprimidos na greve de 2004. As duas greves resultaram em representantes legislativos e ganhos substanciais para a categoria. Logo, os policiais militares merecem o máximo de respeito. São funcionários públicos e treinados para o uso da força comedida. Exageros devem ser punidos e os policiais e os cidadãos envolvidos responsabilizados. Para colocar a bandeira onde ela deve estar o caminho é a negociação.
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Na Avenida Antônio Carlos (BH – próximo à UFMG), na segunda-feira, o diálogo ficou entre surdos. Em meio às conversas com os policiais os garotos tomaram tiros e bombas e rapidamente o controle e a ordem foram perdidas. Um garoto caiu de um viaduto e está no hospital neste momento e certamente a família sofre. Em grandes mobilizações todo cuidado é pouco.
A saída democrática, justa e cuidadosa é a negociação. No fundo, somos vítimas de um processo que é histórico, autoritário, excludente e desleal. Em uma democracia jovem como a nossa qualquer mobilização dever ter por sentimento e conteúdo a PAZ.
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