CRIME DE 1988
Ex-diretor de gabinete militar do governo é preso por tortura
Ele chegou a ser condenado mas, como respondia o processo em liberdade, passou a trabalhar na segurança do governador.
O ex-diretor de segurança do Gabinete Militar do governador Antonio Anastasia e capitão da Polícia Militar, César Alberto Cabral e Castro, está preso no 16° Batalhão de Polícia Militar (BPM), pelo crime de tortura. O oficial foi absolvido em primeira instância no ano de 2006, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ele recorreu da decisão e foi condenado em segunda instância, quando já estava em liberdade.
Desde então, Castro assumiu a função no gabinete do governador. "Como o processo foi se arrastando e ele, oficialmente, ainda não havia sido condenado, ele passou a trabalhar no gabinete. Nós não podemos julgar alguém sem ter certeza do fato e, como ele atendia aos requisitos necessários para o cargo, ele passou a atuar na segurança do governador", disse o coronel Alex, um dos chefes do gabinete militar.
No entanto, ainda de acordo com o coronel, após uma série de recursos na Justiça por parte do oficial, o último deles foi negado há cerca de um mês, sendo ele preso, e Castro deverá cumprir a pena de 11 anos e 8 meses de reclusão. Após a condenação, o oficial foi transferido para o comando do policiamento militar do Estado. Segundo a Secretaria de Defesa Social, é permitido que o militar permaneça em um batalhão antes de ser remanejado para uma unidade prisional. Até esta quinta-feira (19), o oficial continuava detido no 16° BPM.
Ainda de acordo com o coronel, Castro estava em licença médica quando o mandado de prisão foi expedido, em agosto deste ano, mas se apresentou voluntariamente a corporação após ser notificado.
Entenda o crime
De acordo com os processos, em 1988, uma arma do pai de Castro desapareceu do carro dele quando estava em um lava-rápido da capital. Com isso, o militar retornou ao estabelecimento mais tarde e acusou os funcionários do posto pelo furto.
O oficial ainda ameaçou os trabalhadores dizendo que a "P2", ou seja, policiais a paisana, iriam atrás deles. Após isso, dois dos funcionários foram sequestrados, levados para um lugar isolado e espancados. Um deles morreu dias depois do crime.
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