A intenção era reunir pelo menos 2 mil policiais civis na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (11) – para pressionar os deputados estaduais que vão votar, logo mais às 14 horas, a Lei Orgânica da Polícia Civil, na comissão de fiscalização financeira e orçamentária. De acordo com o Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG), há policiais de todas as regiões de Minas Gerais na mobilização.
Por enquanto, cerca de mil policiais estão reunidos em frente ao prédio, que fica no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital. Com cartazes e faixas em punho, a categoria mantém ainda o acampamento, com cerca de dez barracas, no local. Eles estão em greve há três meses e reivindicam por melhorias nas condições de trabalho.
De acordo com Adilson Bispo, diretor de mobilização do Sindpol-MG, a esperança dos policiais é de que as emendas apresentadas por eles para o texto...
da Lei sejam consideradas e anexadas ao documento. “A principal questão da emenda trata do efetivo de policiais. Em 2010,, um projeto do governo previa que Minas necessitava de 18.500 policiais civis. Hoje, temos 10 mil na atividade, ou seja, há um déficit que precisa ser reposto e, por isso, pedimos mais 5 mil vagas”, afirmou.
Se aprovado, o texto da Lei Orgânica deve ser encaminhado para a votação em plenário, nos dias 17 e 18, em primeiro turno no dia. Em seguida, o material volta a ser analisado pelas comissões de administração pública e de diretos humanos da ALMG. Depois, o texto deve ser apreciado, em plenário, no segundo turno, nos dias 23 e 24.
Bispo informou que a categoria não descarta a possibilidade de fazer passeatas, invasões e outros atos para pressionar a mudança na Lei.
Anteriormente, a apreciação do texto pela comissão estava prevista para a última quarta-feira (4), mas foi adiada. Na ocasião, cerca de 1.200 policiais civis foram até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital, e protestaram contra o adiamento da votação. Segundo o presidente do Sindpol, Denilson Martins, a demora para a votação é preocupante.
"Os policiais estão muito insatisfeitos, pode haver até uma ruptura institucional se a situação não for resolvida logo", afirmou. Martins denunciou que o ânimo entre representantes do Sindicato de Delegados da Polícia Civil (Sindepo-MG) e do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindspol) estão bastante acirrados, o que prejudica, inclusive a credibilidade das instituições.
O impasse deve-se ao modo como ambas as categorias são tratadas no novo texto da Lei Orgânica. Para o Sindpol, a lei é insuficiente e, por isso, exige que o projeto seja trocado pelo substitutivo feito em 2011 pelas entidades de classe.
Segundo o sindicato dos policiais, a lei não compreende a rotina de trabalho dos policiais civis e ainda retira direitos, como a promoção a nível especial e única proposta de aumento de cargos para delegados.
"Por tudo isso, convocamos os policiais para estarem na porta da ALMG na quarta a partir das 10 horas. Esperamos reunir o dobro da semana passada, ou seja, devem ir pelo menos 2 mil policiais", disse.
O TEMPO
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