O julgamento dos policiais militares acusados de descumprir determinação de superior hierárquico foi adiado. O julgamento estava marcado para ocorrer na manhã desta sexta-feira, 29, na 6ª Vara Criminal, localizada no Fórum Gumersindo Bessa. Os militares se recusaram a dirigir as viaturas, por não possuírem o curso de direção para veículos de emergência, exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro. O julgamento foi adiado por motivo de doença do advogado dos militares, uma nova data remarcada para o dia 2 do próximo mês, ás 11h.
Para o representante da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), sargento Edgar Menezes, os militares estão sendo julgados por terem cumprido a lei federal do código de trânsito. O representante dos militares é enfático ao criticar a legislação.
“Estamos presenciando os resquícios da ditadura militar, com uma legislação arcaica onde 20 policiais podem pegar 20 anos de cadeia porque cumpriram a lei que obriga a ter o curso de direção para veículos de emergência”, menciona.
Edgar Menezes lembra ainda que já foi aprovado na câmara federal o projeto do deputado Mendonça Prado (DEM) para anistia aos militares sergipanos e que será votado no senado. “Dia 9 eu e o sargento Jorge Vieira [presidente da Amese] vamos a Brasília levar ao senador Amorim esse projeto de anistia e pedir apoio na votação que deverá entrar em pauta na primeira quinzena de agosto”, aguarda.
O projeto concede anistia aos policiais e bombeiros militares processados injustamente por realizarem atos reivindicatórios por melhores condições trabalho, por cidadania e por dignidade salarial, a merecida e justa anistia.
O representante da Amese ressalta que no Rio de Janeiro, por conta da tramitação do projeto de lei, o judiciário decidiu aguardar o julgamento dos bombeiros presos e cobra que a mesma postura do judiciário sergipano. “Esse julgamento deveria ser adiado, não tenho dúvida de que esse projeto será aprovado no senado. No Rio de Janeiro o julgamento dos bombeiros foi adiado e o judiciário sergipano também poderia adiar esse julgamento, evitando assim gastos e os problemas emocionais dos policiais que temem pegar 20 anos de cadeia porque agiram dentro da lei”, enfatiza Menezes.
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