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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os custos da violência no Brasil: comparação internacional

No último post abordamos a questão dos custos da violência e da criminalidade no Brasil, desagregado por região, e o quanto estes custos são prejudiciais ao ambiente dos negócios no país.

Estes custos podem ser melhor dimensionados, contudo, quando comparamos o Brasil aos demais países da amostra da pesquisa Enterprise Survey, patrocinada pelo Banco Mundial.

Em quase todos os indicadores o Brasil aparece bem acima dos demais paises e regiões do planeta:enquanto nos demais países, em média, 57% das empresas pagam por segurança, no Brasil a porcentagem eleva-se a 74,6%, uma das maiores da América Latina. Enquanto no resto do mundo apenas 26% das empresas idenficam crime, furtos e desordem como um grande obstáculo ao ambiente de negócios, aqui a porcentagem chega a 57%.

Os custos com seguro (como% das vendas), por sua vez, são de 2,5% no país, em comparação a 1,5%, na média dos países. A única variável em que nos posicionamos melhor é no indicador "Perdas com furtos de produtos embarcados para abastecer o mercado doméstico (como % das vendas)e isto provavelmente ocorre porque a pesquisa pergunta por furtos e não por roubos, que são mais frequentes que os furtos nestas bandas.

Dos países selecionados na lista acima, em resumo, o Brasil ocupa a maior posição no Index que agrega todos os indicadores.

Novamente chegamos a conclusão que nossos níveis de criminalidade afetam seriamente o ambiente de negócios no Brasil, impondo perdas elevadas para as empresas e para a população. Uma política econômica consistente para o país precisa levar em conta também a redução da criminalidade. O impacto sobre a economia e a sociedade seriam talvez maiores do que a remoção de outros obstáculos para as empresas, como acesso a energia, terra, transportes, leis trabalhistas e outros obstáculos tradicionalmente discutidos pelos gestores públicos.

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