José Luiz Barbosa, Sgt PM - RR.
No ano de 1997, após vivermos um longa e institucionalizada temporada de obscurantismo na Polícia Militar, os praças se insurgiram contra os abusos, desmandos, arbitariedades, ilegalidades, e o autoritarismo disciplinar de oficiais nas relações hierarquicas.
Mas a gota d´àgua foi um reajuste salarial concedido exclusivamente aos oficiais, com a concordância do Comando e dos oficiais, já que todos estavam em situação de miserabilidade.
Desde então que o comando, entidade de classe de oficiais, e os oficiais vem trabalhando para eleger um representante político, e devido a omissão do Cb Júlio, e sua falta de compromisso que agora fica cada vez mais visível não elegemos um outro praça para sua vaga, nem na câmara municipal, nem para câmara federal, já que a cadeira era dos policiais e bombeiros militares.
Agora com as eleições municipais, vemos muitos oficiais se lançando candidato, pois desde a eleição de 1998 quando elegemos 03 praças, sendo dois deputado estaduais, e 01 federal, que se organizam, trabalham, cooptam, e envolvem praças no seu projeto, já que sem a força deles dificilmente chegariam ao poder.
A luta pela representação política é legitima, mas no caso dos oficiais tem um agravante, pois nunca se sentiram representados pelos parlamentares praças, ao contrário sistematicamente os tratam como se ainda fossem somente praças.
Os oficiais não querem fortalecer a representação politica dos militares e da segurança pública, querem fortalecer suas relações de poder para que assim continuem com seu imperio de mandonismo, impunidade, autoritarismo, e de "donos exclusivos da instituição."
Servir 30 anos em uma instituição não é pouco tempo, mas a os que somente passam pela Polícia Militar.
30 anos de serviço é tempo suficiente para mostrar a que veio, de lutar pela segurança pública e valorização profissional, pois discurso qualquer um pode fazer e se apresentar como defensor da segurança dos cidadãos, até o deputado Laudivio Carvalho que nunca SENTOU NUN BANCO DE VIATURA.
Em três meses de campanha não se convence, nem se recupera 30 anos de omissão, conivência e subserviência a interesses opostos aos de uma política de valorização e de melhoria da segurança dos cidadãos, bem como dos próprios policiais e bombeiros militares.
*Advogado criminalista, especialista em ciências penais, segurança pública e ativista de direitos e garantias fundamentais.
Nós cidadãos, independente se civil ou militar, e não esquecendo que antes de ser o militar somos e fomos civis . . . Portanto todos precisamos aprender a votar . .
ResponderExcluirE com urgência e consciência. E a cidadania, esta independe se somos cidadãos civis ou militares.
Mario Barbosa.