No primeiro trimestre passam de 75 os roubos seguidos de morte. Nos últimos casos, as vítimas reagiram ao assalto e foram assassinadas na frente da família.
Os amigos estavam na mesa do bar em Guarulhos, na grande São Paulo, ouvindo a música que vinha do carro estacionado ao lado. Diante do anúncio de assalto e da arma apontada também para sua mulher, Francisco Martins de 44 anos, tentou segurar o tambor do revólver - segundo uma testemunha. Os bandidos atiraram no peito dele.
O número de casos de latrocínio vem aumentado mês a mês no estado de São Paulo. No primeiro trimestre passam de 75 os roubos seguidos de morte. Na Grande São Paulo, só no último mês, foi pelo menos quatro as vítimas de assalto que foram assassinadas na frente da família.
Na quarta-feira, Cleiton César Costa, de 39 anos foi assassinato na frente da mulher, dos dois filhos, da nora e de um netinho. Segundo testemunhas, ele reagiu e foi baleado.
Na terça-feira, a vítima foi Thiago Nogueira, de 25 anos, baleado na frente do pai por dois bandidos. No dia 12 de abril, outro caso parecido: pai e filho foram rendidos na porta de casa. Os ladrões queriam o carro da família. E, ao vê-lo ferido o filho Daniel Abdul, de 21 anos reagiu e foi morto.
O superintendente do Instituto São Paulo Contra a Violência, José Roberto Berlintani, acredita que o crescimento econômico transformou um número maior de brasileiros em alvos. Ele reafirma que é importante nunca reagir.
“Sei que é difícil para as pessoas, inclusive acompanhadas por familiares, absorver rapidamente a surpresa do roubo e não reagir, as vezes um movimento involuntário é interpretado pelo criminoso que está tenso. Aí o roubo vira latrocínio.”
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