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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

ARTIGO REEDITADO: CHOQUE DE GESTÃO OU ESTRATÉGIA DE MARKETING?

Aumento dos gastos com publicidade em detrimento das áreas sociais

O governo Aécio Neves (2003-2010) chega ao fim em débito com o povo mineiro, apesar de, amplamente propalado em todo o País, o discurso oficial de ajuste das contas públicas com a implementação do “choque de gestão”.
É fato que houve um aumento significativo da arrecadação de Minas Gerais, cuja receita total em 2002 era R$ 17,59 bilhões e subiu para R$ 40,56 bilhões em 2009, o que representou um aumento de 130%, com uma inflação no período de 2003 a 2009 em torno de 47% (IGP-DI e IPCA-IBGE). Entretanto é fato, também, que a receita do Estado cresce independentemente de qualquer governo, devido à estrutura e à eficiência da máquina administrativa e de seus servidores públicos.
Com o crescimento da receita, esperava-se a contrapartida do Estado em benefício da população, por meio do prestação de serviços públicos de qualidade. Mas o oposto ocorreu em Minas: houve a contenção dos gastos em todas as áreas sociais (educação, saúde, segurança e outros) e, ao mesmo tempo, o estrondoso aumento dos gastos em publicidade, conforme demonstrado no gráfico abaixo.
EVOLUÇÃO DAS DESPESAS DO ESTADO 2003–2008

Fonte: Balanço Orçamentário do Estado – órgão oficial “Minas Gerais”
Elaboração: SINDIFISCO-MG
Nunca se gastou tanto em propaganda como no governo Aécio Neves: de 2003 para 2008, houve um crescimento de 347% das despesas com publicidade, enquanto a despesa total do Estado aumentou apenas 93%. Se comparado com a publicidade, foi irrisório o crescimento dos gastos com as áreas sociais: educação – 31%; saúde – 118%; segurança – 101%. Seria necessário e justificado um gasto tão elevado com marketing em detrimento das áreas sociais?
“Publicidade governamental deve ser usada para fins educativos ou informativos e não para promoção pessoal”
A publicidade governamental, conforme estabelecida na Constituição Federal e na legislação mineira, deve ser usada somente para fins educativos, informativos ou de orientação social. Sua utilização é vedada para promoção pessoal de autoridades e de servidores públicos. A Lei Estadual 13768, de 1º de dezembro de 2000, sancionada pelo então governador Itamar Franco, prevê, ainda, que, nos casos que a propaganda tiver por objeto a divulgação de ato, programa ou obra, a mensagem deve limitar-se a divulgar os aspectos educativos , informativos ou de orientação social. Além disso, proíbe os órgãos públicos ou entidades sobre controle direto ou indireto do Estado de fazer propaganda de qualquer natureza fora do território de Minas Gerais.
Entretanto, no governo Aécio, esse conceito foi ignorado e foram gastos milhões de reais com publicidade somente para divulgar obras faraônicas, a exemplo da Linha Verde, de viadutos e do Centro Administrativo. E, em mais uma estratégia de marketing, divulga-se, no ano de eleições gerais, com popular atriz em rede nacional de televisão, os supostos bons resultados do “choque de gestão” em Minas. É esse modelo implementado em Minas que deve ser exemplo para o País?

Fonte: Jornal Grande Minas, 10 de junho a 10 de julho de 2010 - Página 11 - Opinião/Mundo

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