Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Mais uma vez as entidades decidem o que deveria ser decidido em assembléia geral


Mais uma vez as entidades representativas dos policiais e bombeiros militares de Minas Gerais, estão comprovando que o respeito aos direitos associativos são mera formalidade na relação com os associados, e o que é pior com o endosso dos parlamentares.
Na reunião ocorrida ontem, dia 23 de maio, para discutir prováveis estratégias e medidas para pressionar o governo, caso este não atenda a reivindicação de implantação do piso salarial e do pagamento do abano compensatório aos inativos, "os presidentes das entidades reunidos em assembléia a porta fechadas", decidiram que irão acampar no estacionamento da cidade administrativa.
Como se um acampamento fosse incomodar o governo e sensibilizá-lo a atender as justas reivindicações apresentadas, mas o que mais demonstra a indisposição e falência representativa das entidades é que estão desde o início do movimento, atropelando e violando direito dos associados, de discutir, votar e aprovar as estratégias e medidas para que os policiais e bombeiros militares, estejam não só participando, mas decidindo os rumos do movimento reivindicatório.
Como sempre estão esperando que alguns mais ousados e conscientes de seu papel e sua responsabilidade atendam o chamado e sigam para a cidade administrativa e acampem no estacionamento, como se tal medida tivesse o condão de resolver o impasse, que certamente já é de conhecimento dos presidentes das entidades, e como sempre também somente os praças que se deixarão manipular é que irão se voluntariar para o acampamento em frente o palácio Tiradentes, porque desafiamos as entidades dos oficiais a mobilizar um oficial que seja da ativa para esta estratégia inocúa e sem nenhum efeito prático.
É lamentável mas estamos vendo as hipóteses dos supostos acordos e aliança precedentes à eleição se confirmando, e o governo está começando a apresentar as faturas para cobrança, e tem presidente e outros envolvidos neste processo de negociação comprometido com seus interesses pessoais e preocupados tão somente em não desagradar e contrariar o governo e o comando.
Se não houver uma discussão e um realinhamento das entidades de classe com os interesses verdadeiros da luta pela valorização dos policiais e bombeiros militares, o que veremos em muito pouco tempo será a deslegitimação e dissolução de entidades com trajetória e história de luta em defesa de valores, princípios, direitos e garantias fundamentais, em tendo sempre como marco referencial a valorização da profissão, o exercício da cidadania e o respeito a dignidade, mas certamente não escaparão ao julgamento público.
E neste julgamento público, as que mais se ressentiram serão as entidades de praças, e é bem provável que as entidades de oficiais saiam ilesas, pois como sabemos os oficiais alimentam ainda o medo de desencadear, e liderar qualquer movimento, por medo de represálias e perseguições, mas também pelo carreirismo exacerbado que compõe a cultura profissional que se incorporou entre a esmagadora maioria.
Para melhor esclarecer é fato que durante o curso de formação de oficiais, os cadetes futuros policiais e bombeiros militares já pensam em alçar voos mais altos, e sonham com o estrelato de cargos e funções que os coloquem em evidência o suficiente para poder ser um conscrito a candidatura ao posto de coronel e  daí ao cargo de comandante geral, o outro de semelhante importância, status e poder na organização.
A reflexão agora, nos possibilitará decidir pela participação em mais uma encenação nos clube dos oficiais, dia 08 de junho, data marcada da assembléia geral unificada, promovida pelas entidades em conluio com os parlamentares, mas todos que se farão presentes, e principalmente os policiais e bombeiros militares do interior, devem vir preparados para a frustração e a tristeza, de não poder decidir os rumos da luta pela sua valorização profissional e por um salário justo e digno.
O governo com seus tentáculos de poder, já conseguiu que as entidades se curvassem à sua vontade, e o comando não tem demonstrado nenhuma preocupação com o movimento, e historicamente nunca se posicionou em nenhum circunstância em defesa de seus comandados, e os parlamentares estão todos juntos no mesmo bonde, não se podendo esperar muito, pois estão como passageiros na janela olhando a paisagem e esperando o destino final para desembarcarem e anunciarem com toda pompa que fizeram um enorme esforço para que o governo cedesse as reivindicações da pauta.
Mas tudo que começa errado, termina errado, e não poderia ser outro o desfecho, pois é o que o cenário nos indica, exceto pelos policiais e bombeiros militares que mesmo sendo sistematicamente desvalorizados e explorados durante todo o governo do partido, que já foi batizado de o PIOR SALÁRIO DO BRASIL - PSDB, ainda se empenham com afinco para levar segurança e proteção às famílias mineiras.
Vamos repensar as entidades de classe, a representação política e também o modelo de polícia e comando que a sociedade exige, porque somente assim poderemos ser valorizados e reconhecidos pelo trabalho que desenvolvemos na segurança e proteção do cidadão, porque senão em breve estaremos vivendo a situação famélica vivida na década de 90, com este mesmo governo que aí está, que vê nos policiais e bombeiros militares peças descartáveis, passiveis de substituição.

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