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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Morte no rastro da droga

 - Pesquisa mostra que metade das pessoas assassinadas em Betim estava sob feito de cocaína ou maconha

Toninho Almada
Pesquisa comprova a estreita relação do mundo das drogas com a violência

crime em betimMetade das pessoas assassinadas em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entre 2004 e 2007, morreu sob efeito de cocaína ou maconha. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita no Estado e foram obtidos a partir da análise de 860 homicídios. Os laudos de necropsia das vítimas apontaram que 50,2% delas tinham traços dos entorpecentes no sangue. Para Luís Felipe Zilli, sociólogo e pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), ligado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a situação evidencia a estreita relação do mundo das drogas com a violência.
 
O estudo dos casos ainda mostrou que 19,5% dos organismos tinham álcool. Somadas, as substâncias químicas estão presentes em 69% dos corpos. As características econômicas e sociais das vítimas, também apuradas na pesquisa, reforçam que as pessoas menos favorecidas são mais vulneráveis à criminalidade. Situação semelhante à registrada em grandes centros urbanos do país.
O número de óbitos nos quatro anos pesquisados foi de 1.010. No entanto, em 15% deles o exame toxicológico, que serviu de base para o levantamento, não foi realizado.
Da amostragem total, 93,3% dos mortos são homens. Mais de 90% deles perderam a vida por ferimentos causados por armas de fogo. Setenta e um por cento eram negros ou pardos e 68% tinham menos de oito anos de estudo. Também representam a maioria quem tinha idade entre 20 e 40 anos (65,4%). Na faixa etária de 10 a 19, o índice é de 21%.
O sociólogo do Crisp diz que o levantamento indica, com muita clareza, as características dos homicídios na grandes cidades. “O conjunto de fatores que inclui arma de fogo, pele escura e baixa escolaridade, que é correlacionada à baixa renda, somado ao fato de que a maioria das mortes deve ter acontecido em vilas e favelas, é comum atualmente. Se considerarmos a faixa etária até 24 anos, chegaremos a quase 60% das vítimas. Configuração que existe no Brasil todo”.
A pesquisa foi realizada pela epidemiologista Márcia Dayrell, durante o mestrado em Saúde Pública na Faculdade de Medicina da UFMG. Funcionária da Secretaria de Saúde de Betim, ela é responsável por encaminhar as informações sobre os óbitos no município ao Ministério da Saúde.

Leia a matéria completa na versão on-line do Jornal Hoje em Dia

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