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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Chegada de novos policiais motiva ordem de economia

MUNIÇÃO


Corporação alega que intenção era garantir prova de tiro de novatos

Comando da policia Militar apresenta parque Belico.
Visita ao parque bélico. A Polícia Militar autorizou a visita da reportagem ao parque bélico onde são produzidas as munições usadas em treinamentos, campeonatos internos e festividades no Estado
PUBLICADO EM 19/07/15 - 03h00
A chegada de 1.410 novos policiais militares no Estado em 2016 seria um dos principais motivos para a ordem de economizar munição recarregada (para treinamento), segundo a corporação. O TEMPO mostrou com exclusividade documento expedido na última segunda-feira pelo chefe em exercício do Estado-Maior da Polícia Militar, Laércio Gomes, suspendendo o uso de balas em festividades e em provas de tiros. Um dia depois, a assessoria da corporação afirmou que as atividades começam a ser regularizadas em agosto – o processo deve ser estender até outubro.
Apesar de o documento dizer que os estoques de munição estavam críticos e que a medida era uma forma de racionar recursos em meio a uma crise econômica, a PM explicou que a ordem foi em parte uma ação preventiva, uma vez que os novos militares vão precisar das balas para o treinamento prático de tiro, pré-requisito para iniciar a carreira. A outra parte se deve a um processo de regularização dos estoques ainda em andamento – em março, a empresa que fornecia pessoal para a produção da munição faliu e o contrato com a PM foi revogado.
Desde então, o comandante do Departamento de Apoio Logístico (DAL) da corporação, coronel Fernando Antônio Arantes, garante que investimentos foram feitos. Segundo ele, houve a aquisição de nova aparelhagem e um aumento na produção em cerca de 50%, tudo também pensando no treinamento dos novos policiais.
“Adquirimos outras máquinas e com elas conseguimos aumentar a produção. A fábrica não parou porque os militares que coordenam a fábrica puderam continuar a operar a produção”, garantiu Arantes.
Parque bélico. Após a reportagem de O TEMPO, a PM abriu as portas do local onde funciona sua linha de produção das munições. Ela é coordenada por militares especializados em armamento e usa civis terceirizados na linha de produção.
Lá são produzidos cartuchos iguais à munição real, usadas nas ruas, mas sem a certificação do Exército para esse fim. Segundo a assessoria da PM, elas são destinadas apenas a treinamentos, campeonatos e torneios internos da polícia.
Como funciona
LotesOs estojos vazios chegam até o parque, são separados em lotes e lavados com produtos químicos específicos. Eles são levados para uma máquina onde as espoletas são colocadas. Em seguida há o preenchimento com pólvora e a finalização do processo com o projétil.
Testes. Há um laboratório de testes no local. O material é embalado e enviado para os batalhões do Estado.

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