Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

PESQUISA MAIS UMA VEZ DEMONSTRA QUE O MEDO DO AUMENTO DO CONSUMO DE DROGAS PÓS-LEGALIZAÇÃO NÃO PASSA DE FANTASIA


  • Pesquisa recentemente publicada, realizada no Brasil entre 15 a 26 de novembro de 2013, traz, entre seus resultados, dado semelhante ao obtido em conhecida pesquisa realizada pelo Zogby em dezembro de 2007, abrangendo todos os estados dos Estados Unidos da América. À indagação sobre se, uma vez legalizadas drogas como cocaína ou heroína, os entrevistados passariam a consumi-las, a pesquisa do Zogby registrou um percentual de 99% de respostas negativas, assim se projetando um consumo de tais substâncias em proporções semelhantes às já ocorrentes. Na pesquisa brasileira, o resultado se reproduz: à indagação sobre se as drogas hoje proibidas fossem permitidas, apenas 1% dos entrevistados declarou que experimentaria drogas que nunca usara. 
    No entanto, o temor fantasioso permanece: na mesma pesquisa brasileira, 67% dos entrevistados disseram acreditar que, com a legalização, o consumo aumentaria muito. Restaria indagar quem seriam todas essas pessoas que iriam começar a desenfreadamente usar as drogas legalizadas.
    Com efeito, a proibição, apoiada pela imensa maioria dos entrevistados na pesquisa brasileira, encontra sua grande fonte de sustentação em temores infundados, no desconhecimento ou na própria negação da realidade, em fantasiosas crenças em um suposto poder mágico de leis penais para supostamente resolver problemas reais ou imaginários. E a crença persiste não obstante a constatação pessoal do evidente fracasso da proibição em evitar a disponibilidade das substâncias proibidas: 47% dos entrevistados afirmam ter tido contato com alguma das drogas tornadas ilícitas e dois terços afirmam conhecer algum usuário dessas substâncias. 
    Para a pesquisa, realizada pelo Núcleo de Estudos e Opinião Pública (NEOP) da Fundação Perseu Abramo (FPA) e Fundação Rosa Luxemburgo (RLS), foram entrevistadas 2400 pessoas maiores de 16 anos, em 150 municípios (pequenos, médios e grandes), representativos das cinco regiões do país. Os resultados foram publicados no livro Drogas no Brasil: entre a saúde e a justiça – Proximidades e opiniões (org. Vilma Bokany). São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2015.  
    O livro pode ser acessado em: http://www.fpabramo.org.br/publicacoesfpa/wp-content/uploads/2015/05/DrogasNoBrasil.pdf


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