Como parte das comemorações dos 30 anos do ingresso da mulher na Polícia Militar de Minas Gerais, a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, proferiu palestras, na manhã desta sexta-feira, 9, para mais de 300 policiais militares femininas, sob o tema Contribuição da Mulher para o Fortalecimento da Cidadania. A ministra chegou a Belo Horizonte às 9h e seguiu direto para o auditório da CDL, à Avenida João Pinheiro, Belo Horizonte, onde foi recebida pelo presidente do Tribunal de Justiça Militar, Coronel Rúbio Paulino, e pelo chefe da Assessoria de Comunicação Organizacional, Tenente-Coronel Alberto Luiz.
No encontro com o comandante-geral da PMMG, Cel Renato Vieira de Souza, ainda no hall da CDL, Cármen Lúcia agradeceu o convite para vir à Capital mineira e falou sobre a importância da presença da mulher nos quadros da Corporação: “Ela tem um papel especial na história da Instituição, que, sabiamente, as recebeu de braços abertos”. Depois destacou que a sociedade só teve a ganhar com a medida adotada há 30 anos, uma vez que a policial militar, junto com seus pares, está também preparada para atuar nas forças de segurança.
Em sua palestra, a titular do STF lembrou a luta da mulher, que, através dos séculos, sofreu todo o tipo de humilhação e perseguição. “Muitas mulheres escaparam do jugo masculino e conseguiram obter o respeito de uma sociedade que se mostrava voltada apenas para a defesa dos interesses do homem. “Lembro que meus tios apresentavam suas esposas como ´minha patroa´, dando a entender que elas detinham o poder de mando. Tudo não passava de uma retórica, uma vez que nossas avós, e muitas mulheres até hoje, só tinham o direito de ficar caladas, tanto dentro quanto fora de casa”.
Quando a PMMG abriu as portas para a mulher, contribuiu para que essa mesma mulher adquirisse a cidadania plena, tendo em vista que ela passou a atuar em igualdade de condições na segurança pública e a ocupar um posto de trabalho, até então inatingível. Nos crimes contra a mulher, a policial militar tem uma importante participação com o seu olhar feminino e com sua capacidade de avaliar e cooperar com seus pares. “Acho que podermos fazer mais, ser mais. A Polícia Militar está de parabéns por essa comemoração.”
ORGULHO
Com entusiasmo idêntico, o Cel Renato ressaltou a visão futurista do Cel QOR Jair Cançado Coutinho que, 29 de maio de 1981, como comandante-geral, assistiu à assinatura, pelo então governador Francelino Pereira, do ato que criava a Companhia de Polícia Feminina. “De lá para cá, muita coisa mudou e elas acompanharam o progresso da Polícia Militar, considerada orgulho do povo mineiro”, disse o oficial, para depois que “esse crescimento veio acompanhado de competência, dedicação e profissionalismo, nos setores operacional e administrativo”.
Com entusiasmo idêntico, o Cel Renato ressaltou a visão futurista do Cel QOR Jair Cançado Coutinho que, 29 de maio de 1981, como comandante-geral, assistiu à assinatura, pelo então governador Francelino Pereira, do ato que criava a Companhia de Polícia Feminina. “De lá para cá, muita coisa mudou e elas acompanharam o progresso da Polícia Militar, considerada orgulho do povo mineiro”, disse o oficial, para depois que “esse crescimento veio acompanhado de competência, dedicação e profissionalismo, nos setores operacional e administrativo”.
O suspense ficou por conta da afirmação do Cel Renato, que, ainda na abertura do encontro, disparou: “Em breve, a PMMG será comandada por uma policial”. E explicou: “A Polícia Militar de Rondônia foi comandada pela Coronel Angelina, uma profissional competente que se formou em nossa Academia de Polícia Militar, no Bairro Prado, em Belo Horizonte. Então, tudo levar a crer que nossas policiais militares também têm a competência de assumir um comando geral”.
Mais adiante, o comandante-geral afirmou que “ser policial feminino não é tarefa fácil e depende muito de capacidade e de competência, adjetivos essenciais até mesmo para ingressar na PMMG, que exige cada vez mais do candidato. Ela, em sua multijornada de mãe, esposa e filha, é exemplo para a formação de um sociedade batalhadora e consciente de seus deveres e obrigações. Assisti ao nascimento da Companhia Feminina e o progresso da policial militar como profissional de segurança pública. Este é um orgulho que não abro mão e que muito me envaidece”.
OLHAR
“A mulher tornou a PMMG habilitada para prestar um serviço à sociedade com outro olhar, um olhar sensível e humano”, pontuou o chefe do Estado-Maior da Corporação, Cel Márcio Martins Sant´Anna. Ela observa que “a sociedade é formada por homens e mulheres, então, nada mais justo que ter essa mulher em nossa fileiras para dar mais legitimidade às nossas ações, que acompanham o desenvolvimento dos hábitos e costumes da Nação”.
“A mulher tornou a PMMG habilitada para prestar um serviço à sociedade com outro olhar, um olhar sensível e humano”, pontuou o chefe do Estado-Maior da Corporação, Cel Márcio Martins Sant´Anna. Ela observa que “a sociedade é formada por homens e mulheres, então, nada mais justo que ter essa mulher em nossa fileiras para dar mais legitimidade às nossas ações, que acompanham o desenvolvimento dos hábitos e costumes da Nação”.
Para o oficial, uma instituição como a PM, que tem a sociedade como destinatária de seus serviços não pode prescindir do olhar feminino que a mulher tem para a cidadania. Estamos orgulhosos de poder desenvolver, juntos com as policiais militares, trabalho que beneficiam a população em todos os seus escalões. 'Elas, atualmente, são imprescindíveis em todas as áreas de atuação da Polícia Militar de Minas Gerais”, concluiu.
CONQUISTOU
Já para o Diretor de Recursos Humanos, Cel Juarez Nazareth, “a mulher nas instituições é uma questão de solidariedade. Além do mais, ela conquistou esse espaço por meio de muita perseverança e demonstração de capacidade”.
Já para o Diretor de Recursos Humanos, Cel Juarez Nazareth, “a mulher nas instituições é uma questão de solidariedade. Além do mais, ela conquistou esse espaço por meio de muita perseverança e demonstração de capacidade”.
Segundo ele, na Corporação, a policial militar se faz presente e necessária em todas as funções que desempenha com muito profissionalismo. “Comemorar esses 30 anos nada mais é que reconhecer a grande contribuição delas para a Instituição, bem como de sua atuação perante a sociedade e o povo mineiro”, assegurou.
GRANDE MOMENTO
Quem também ressaltou o trabalho da mulher na PM, foi o Tenente-Coronel Alberto Luiz. Para ele, “esse é um grande momento, já que mulher vem contribuindo para a humanização, harmonia e sensibilidade na essência e na manutenção de uma polícia cidadã. Vejo a comemoração desses 30 anos como um respeito consagrado pela Constituição, que é o princípio da igualdade, uma vez que todas elas são profissionais de segurança pública”.
Quem também ressaltou o trabalho da mulher na PM, foi o Tenente-Coronel Alberto Luiz. Para ele, “esse é um grande momento, já que mulher vem contribuindo para a humanização, harmonia e sensibilidade na essência e na manutenção de uma polícia cidadã. Vejo a comemoração desses 30 anos como um respeito consagrado pela Constituição, que é o princípio da igualdade, uma vez que todas elas são profissionais de segurança pública”.
MOMENTOS MARCANTES
"Acredito que o momento mais marcante da minha carreira é, sem dúvida, a transição entre ser civil e me tornar militar. Essa mudança de postura comportamental, filosófica e cultural é o que considero muito importante, tanto na minha carreira quando na minha vida."
Coronel Tânia Aguiar - Assessora Técnica de Saúde
"Nós, da Associação Feminina de Assistência Social – AFAS, temos uma ótima parceria com as policiais militares. Costumo brincar e dizer que a mulher entrou para 'perfumar' a Corporação. A sensibilidade feminina é muito importante para qualquer empresa ou instituição e, na PM, não é diferente."
Regina Sant'Anna - Vice-presidente da AFAS
Regina Sant'Anna - Vice-presidente da AFAS
"O momento mais marcante foi quando vivenciei a minha primeira troca de tiros no serviço operacional. Aquela situação de perigo foi inesperada, na ocorrência, recuperamos um carro roubado e libertamos um refém que estava preso no porta-malas."
Sargento Vanessa - Assessoria de Comunicação do 33º Batalhão
Sargento Vanessa - Assessoria de Comunicação do 33º Batalhão
"Vejo esse momento de confraternização como um exemplo de como a Polícia Militar valoriza a mulher dentro de seu quadro de funcionários. As policiais atuam com a sensibilidade mais apurada, o que influencia em um melhor trabalho a ser executado."
Stael Mônica de Souza - Presidente da AFAS
Stael Mônica de Souza - Presidente da AFAS
"Há dois anos na Polícia Militar, o momento que não esqueço e que mais me emociona foi, sem dúvida, a minha formatura no Curso Técnico em Segurança Pública - CTSP. Quando coloquei a divisa no meu braço e vi a felicidade da minha família tive certeza da minha real vocação."
Soldado Polyana Rosse - Seção de Apoio ao Protagonismo Infanto-Juvenil
Soldado Polyana Rosse - Seção de Apoio ao Protagonismo Infanto-Juvenil
SLOGAN
Com o slogan O Olhar Feminino no Fortalecimento da Cidadania, o encontro de hoje reuniu, além da ministra Cármen Lúcia e do Cel Renato Vieira de Souza, o presidente do Tribunal de Justiça Militar, Rúbio Paulino; o ex-comandante-geral da PMMG, Cel QOR Sócrates Edgar dos Anjos; a ex-subchefe do Estado-Maior da PMMG, Cel QOR Luciene de Albuquerque; o psicólogo paulista Eliano Pelini, que falou sobre a Saúde da Mulher; autoridades militares e civis e parentes e amigos das policiais militares.
Com o slogan O Olhar Feminino no Fortalecimento da Cidadania, o encontro de hoje reuniu, além da ministra Cármen Lúcia e do Cel Renato Vieira de Souza, o presidente do Tribunal de Justiça Militar, Rúbio Paulino; o ex-comandante-geral da PMMG, Cel QOR Sócrates Edgar dos Anjos; a ex-subchefe do Estado-Maior da PMMG, Cel QOR Luciene de Albuquerque; o psicólogo paulista Eliano Pelini, que falou sobre a Saúde da Mulher; autoridades militares e civis e parentes e amigos das policiais militares.
Alexandre França/Sheila de Ângelis
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