Congresso petista aprova resolução que cobra do governo mais "ousadia" contra juro alto e que "saúda" decisão do BC de cortar taxa. Em documentos oficiais, instituto do PSDB diz que decisão "radical" ameaça preços. Textos citam dados e argumentos encontrados em jornais. PT encara "influência do pensamento conservador na mídia" como desafio e propõe regulamentação.
André Barrocal
BRASÍLIA – O PT saiu em defesa da decisão do Banco Central (BC) de cortar a taxa de juros, no documento final do IV Congresso do partido aprovado neste domingo (04/09). O texto diz que o governo deveria dispensar “tratamento mais rigoroso” e adotar “medidas mais ousadas” contra o juro alto.
A taxa atual, na visão petista, prejudicaria o país ao contribuir para baratear o dólar (afeta a indústria) e conter investimentos públicos e privados (impede que a economia cresça mais). “Por isso, saudamos a recente decisão de baixar a Selic em 0,5%, na expectativa de que a tendência declinante não seja interrompida”, afirma o documento.
A queda do juro, anunciada pelo BC quarta-feira (31/08), tem sido alvo de disputa política entre governo e alguns adversários. O ex-presidenciável José Serra (PSDB) apoiou o BC, mas o instituto tucano que formula críticas ao governo (Teotônio Vilela) produziu dois textos em que ataca a decisão, por entender que ela contribuiria para a volta da inflação.
O primeiro, intitulado “Brincando com fogo”, foi divulgado no dia seguinte ao anúncio do BC. “A decisão de ontem configura uma ruptura radical, que reduz a previsibilidade da política monetária e aumenta as incertezas”, afirma.
No segundo - “Triplé implodido”, divulgado um dia depois -, o PSDB afirma que o governo estaria pondo em risco a política econômica montada na gestão Fernando Henrique.
O Instituto Teotônio Vilela (ITV) é presidido pelo ex-senador Tasso Jereissati (CE). Em ambos os textos, o ITV reforça a argumentação com dados e pontos de vista encontrados em jornais. Foi o que fez, por exemplo, ao apontar falta de autonomia do BC. “Os jornais de hoje são unânimes em afirmar que os juros caíram ontem por pressão do Planalto.”
Este tipo de abordagem pelo noticiário foi criticado na abertura do Congresso petista, sexta-feira (02/09), pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos. “É engraçado. Nas últimas oito vezes em que a Selic aumentou, não ouvimos falar de problema de falta de autonomia”, disse.
Na nova resolução política do partido, o PT diz que um dos desafios ao avanço do projeto que entende ser o melhor para o país, seria “a influência do pensamento conservador nos meios de comunicação”.
No encontro, o partido decidiu fazer uma “campanha forte” para que o Congresso Nacional aprove uma série de regulamentações sobre os meios de comunicação. A principal bandeira é um marco regulatório para rádio e TV.
O presidente do PT, Rui Falcão, resumiu assim o que o partido espera, ao levantar o debate sobre a mídia: “Que os veículos possam assumir sua vocação partidária, como a Fox News nos Estados Unidos, por exemplo. E lá existe regulação.”
O canal de TV Fox News tem postura pública de oposição ao presidente Barack Obama.
A taxa atual, na visão petista, prejudicaria o país ao contribuir para baratear o dólar (afeta a indústria) e conter investimentos públicos e privados (impede que a economia cresça mais). “Por isso, saudamos a recente decisão de baixar a Selic em 0,5%, na expectativa de que a tendência declinante não seja interrompida”, afirma o documento.
A queda do juro, anunciada pelo BC quarta-feira (31/08), tem sido alvo de disputa política entre governo e alguns adversários. O ex-presidenciável José Serra (PSDB) apoiou o BC, mas o instituto tucano que formula críticas ao governo (Teotônio Vilela) produziu dois textos em que ataca a decisão, por entender que ela contribuiria para a volta da inflação.
O primeiro, intitulado “Brincando com fogo”, foi divulgado no dia seguinte ao anúncio do BC. “A decisão de ontem configura uma ruptura radical, que reduz a previsibilidade da política monetária e aumenta as incertezas”, afirma.
No segundo - “Triplé implodido”, divulgado um dia depois -, o PSDB afirma que o governo estaria pondo em risco a política econômica montada na gestão Fernando Henrique.
O Instituto Teotônio Vilela (ITV) é presidido pelo ex-senador Tasso Jereissati (CE). Em ambos os textos, o ITV reforça a argumentação com dados e pontos de vista encontrados em jornais. Foi o que fez, por exemplo, ao apontar falta de autonomia do BC. “Os jornais de hoje são unânimes em afirmar que os juros caíram ontem por pressão do Planalto.”
Este tipo de abordagem pelo noticiário foi criticado na abertura do Congresso petista, sexta-feira (02/09), pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos. “É engraçado. Nas últimas oito vezes em que a Selic aumentou, não ouvimos falar de problema de falta de autonomia”, disse.
Na nova resolução política do partido, o PT diz que um dos desafios ao avanço do projeto que entende ser o melhor para o país, seria “a influência do pensamento conservador nos meios de comunicação”.
No encontro, o partido decidiu fazer uma “campanha forte” para que o Congresso Nacional aprove uma série de regulamentações sobre os meios de comunicação. A principal bandeira é um marco regulatório para rádio e TV.
O presidente do PT, Rui Falcão, resumiu assim o que o partido espera, ao levantar o debate sobre a mídia: “Que os veículos possam assumir sua vocação partidária, como a Fox News nos Estados Unidos, por exemplo. E lá existe regulação.”
O canal de TV Fox News tem postura pública de oposição ao presidente Barack Obama.
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