* José Luiz Barbosa
O papel e as finalidades das associações de classe de profissionais, seja de que categoria for é fundamentalmente de representá-los, apresentar sua demandas e reivindicações, assim como atuar na luta e defesa de seus interesses e direitos.
O papel e as finalidades das associações de classe de profissionais, seja de que categoria for é fundamentalmente de representá-los, apresentar sua demandas e reivindicações, assim como atuar na luta e defesa de seus interesses e direitos.
Afinal as pessoas se organizam exatamente para estabelecer uma correlação de forças capaz de possibilitar-lhes participação mais efetiva, democrática e que lhes garanta estar influenciando no processo de decisão política que interfira em sua condição, valorização e melhorias profissionais.
Entretanto, cabe aos associados corrigirem os rumos e os desvios de finalidade, que muitas vezes são deliberada e dissimuladamente incorporados nas políticas de gestão e atuação das entidades de classe, e as associações dos policiais e bombeiros militares não estão imunes a estas ações que quase sempre passam despercebidas pelo seu quadro associativo.
Tais estratégias somente são discutidas no âmbito de sua diretoria ou de um pequeno grupo dominante, pois o restante dos membros de sua diretoria é omisso e somente age em favor de seus próprios interesses, e o pior é que estas discussões quase sempre não estão identificadas com os legítimos e verdadeiros interesses de seus associados, basta para isto pensar criticamente sobre as últimas ações que culminaram com o reajuste salarial que contrariou quase toda tropa da Polícia e Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais.
Não é fácil realmente para os associados, que também se fazem de cegos, surdos e mudos, identificar estas estratégias que são mascaradas por discursos inflamados, contundentes e até incisos de luta e defesa da classe, mas não avançam para ações concretas e práticas que conscientizem, emancipem e mobilizem na consecução dos objetivos, que somente servem como pano de fundo para atender a manutenção e perpetuação do poder dos que acreditam que com este discurso poderão enganar, ludibriar e locupletar-se da boa-fé de todos, mas não se engana todo povo todo tempo.
Estas premissas introdutórias é para chamar atenção, que mesmo sendo anunciado pelas entidades que o Governo assumiu compromisso com o pagamento do prêmio produtividade este ano, e mesmo sabendo da enorme expectativa que se instalou entre os policiais e bombeiros militares, nenhuma intervenção ou gestão foi feita para pelo menos informar e esclarecer sobre esta incerteza que tem provocado muita revolta e indignação, pois cumprimos nossa parte no acordo de resultados.
Como sempre uns e outros mais preocupados e interessados é que estão buscando informações junto a secretária de planejamento e gestão, para poder informar e esclarecer sobre o pagamento do prêmio produtividade, que mesmo sendo polêmico, já que muitos insistem em transformá-lo em quebra de paridade como discurso para os inativos, o que não é uma verdade absoluta e inatacável, pois há argumentos contrários que refutam esta tese.
De fato estamos vivendo uma fase de peleguismo e inércia das associações, com raras exceções, mas esta situação pode mudar, se nas próximas eleições associativas os associados resolverem retomar o poder que lhes pertence e que foi conferido aos representantes por delegação pelo voto.
É direito e dever dos associados, compreenderem que o destino de sua associação está vinculado ao seu, e portanto a imposição das mudanças que almejam para sua representação de classe, que no atual estágio do estado democrático de direito, são os únicos capazes de decidirem que associação desejam para lutar, defender e representar-lhes na esfera associativa, política, social e de classe.
É direito e dever dos associados, compreenderem que o destino de sua associação está vinculado ao seu, e portanto a imposição das mudanças que almejam para sua representação de classe, que no atual estágio do estado democrático de direito, são os únicos capazes de decidirem que associação desejam para lutar, defender e representar-lhes na esfera associativa, política, social e de classe.
Na última década houve um distanciamento das associações dos interesses de seus representados, e não se vê ou se tem notícia de um planejamento e muito menos de um programa de gestão que considere as demandas e necessidades dos associados, quando muito há ações reativas e episódicas para dar satisfação e acalmar os ânimos e o descontentamento dos policiais e bombeiros militares, que de tempos em tempos vem acompanhada de propaganda eleitoreira e casuística que inundam os quartéis, fazendo mais uma retrospectiva de conquistas e vitórias que foram obtidas, a assim transmitidas aos incautos como uma grande concessão ou favor para justificar a falácia e a omissão dos pretensos candidatos a reeleição.
Sendo assim é urgente que os associados façam uma profunda reflexão sobre a importância de sua participação e que também ajam enquanto é tempo, que apesar de já ser tardia uma reação, ainda há tempo para mudar e se reinstituir como prioridade absoluta na agenda política das associações o interesse do associado em primeiro e único lugar de destaque.
* Presidente da Associação Cidadania e Dignidade, bacharel em direito, e ativista de direitos e garantias fundamentais.
* Presidente da Associação Cidadania e Dignidade, bacharel em direito, e ativista de direitos e garantias fundamentais.
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