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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Blogueiros na mira do tráfico


JORNAL DA TARDE (Foto:Reuters) Corpos em passarela de Nuevo Laredo
O narcotráfico está ampliando sua lista de vítimas. Uma gangue mexicana fez uma ameaça aos sites que noticiam a guerra contra as drogas em uma mensagem colocada ao lado de dois corpos, mutilados e dependurados, em uma passarela perto da fronteira com os Estados Unidos.
Segundo o gabinete do Ministério Público Estadual, uma placa advertindo os blogueiros para que fiquem em silêncio foi encontrada perto dos corpos de um homem e de uma mulher que pendiam de uma passarela na cidade de Nuevo Laredo.
“Cuidado, estou de olho em vocês”, dizia o cartaz, de acordo com as fotos tiradas da cena, advertindo que o mesmo poderá acontecer a todos os “encrenqueiros” que “habitam a internet”.
A mensagem foi assinada com a letra “Z”, numa referência ao violento e poderoso cartel Los Zetas, que opera na região. As vítimas, que não foram identificadas, tinham idades entre 20 e 25 anos e foram bastante mutiladas, afirmou, sob condição de anonimato, um representante do governo.
Dois sites muito populares que dão notícias sobre a guerra às drogas no México, o Blog del Narco e o Frontera al Rojo Vivo, foram citados no cartaz dos traficantes.
O site Rojo Vivo, controlado pelo jornal El Norte, da região de fronteira, informou que todo o material de arquivo foi retirado do blog, removendo informações sobre os colaboradores.
“De agora em diante publicaremos apenas fatos específicos e informações sobre as comunidades da fronteira, e não mais ataques pessoais”, afirmou o jornal.
Violência
Os traficantes com frequência alvejam a mídia e tentam conter a cobertura. Ao menos 42 jornalistas locais foram mortos nos últimos cinco anos, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
Muitos jornais e outros meios de comunicação pararam de publicar fotos de vítimas de assassinato ou os bilhetes que as gangues usam para ameaçar os rivais, a polícia ou a população.
Cerca de 42 mil pessoas morreram desde que o presidente Felipe Calderón determinou que o Exército investisse contra as gangues, no final de 2006.

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