Governo Anastasia aplica ações e praticas da ditadura em movimento de professores

Editorial do Blog:

Pensávamos que práticas dos tempos da ditadura, como o patrulhamento político ideológico dos movimentos sociais já haviam sido abolidas dos manuais pelas forças de segurança do estado, mas como estamos vendo, retornam ciclicamente atendendo aos interesses do governo e do projeto de poder que se estabeleceu em Minas Gerais, com a declarada obcessão pela disputa à presidência da república, meta incontestável do padrinho do Governador Antônio Anastásia, Senador Aécio Neves.

E o mais grave de tudo isto, e para desespero da sociedade, tais práticas e ações não são exclusivas do dito monitoramento do movimento dos professores, mas uma realidade que ainda persiste não só em Minas Gerais, mas em todos os Estados que são governados pelo PSDB e até pelo PT, o que também não se trata de novidade, pois os políticos que são filiados ao partido ou que exercem mandato parlamentar, quase todos tem um pezinho na ditadura.

Isto somente confirma as denúncias de que também em Minas Gerais há uma forte e marcada ação para se amordarçar a imprensa, que de outro lado se submetem em contrapartida as altissimas despesas com propaganda e publicidade, que é sempre abocanhada pelos maiores órgãos do jornalismo de Minas Gerais, ou algum cidadão ainda dúvida da tendência da imprensa mineira, em somente elogiar o governo e de nunca publicar nenhuma crítica, por mais banal que possa ser.

Mas façam somente um raciocínio elementar, a negativa de ser registrar o fato, que segundo informações foi determinação do Comandante Geral da Polícia Militar, somente ocorreu porque na verdade o cidadão não tem nenhuma influência ou poder na escolha do seu chefe de Polícia, e assim estes se sentem obrigados a proteger o interesse do Governo e não  da cidadania, como ficou claro neste episódio.

Não é de hoje que defendemos que o cargo de comandante geral ou de chefe de Polícia seja escolhido por lista tríplice com sabatina pela assembléia legislativa, já que temos a ultrapassada dicotomia policial, que divide competências, atribuições, responsabilidades e também intrigas e discórdias entre a Polícia Militar e Civil, e com este modelo temos o dirigente da organização policial, refém do governador que ocupa o poder executivo, pois seu cargo não pertence ao povo mas ao chefe do poder executivo do momento. Perde com isto o cidadão, a cidadania e por via reflexa paira a ameaça sobre o estado democrático de direito. (JLB)

 

Professores denunciam intimidação policial por causa da greve em MG

Dois veículos com placas restritas foram flagrados na porta do sindicato

Hoje em Dia

Reprodução

Motorista tentou arrancar com o carro após ser abordado por deputado

A coordenadora do Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), Beatriz Cerqueira, e os os deputados estaduais Rogério Correia e Durval Angelo, ambos do PT, denunciaram a perseguição de professores por policiais militares à paisana em Minas Gerais, em razão da greve por melhores salários que já dura mais de 80 dias.

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Beatriz Cerqueira já havia feito a denúncia durante a última assembleia da categoria, no dia 1° de setembro. O caso veio a tona na manhã desta terça-feira (6), quando o deputado Rogério Correia esteve na sede do Sindicato, na rua Ipiranga, no bairro Floresta, região leste de Belo Horizonte, averiguar a presença de dois veículos parados na porta da instituição cujas placas eram de acesso restrito, que seriam de uso da P2 (Polícia Militar Velada).

Os motoristas foram abordados, mas não quiseram se identificar. Um deles tentou arrancar o carro e se negava a responder as perguntas de Correia, depois desceu e abandonou o veículo na porta do sindicato.

Após o fato, conforme a assessoria de imprensa do deputado, o comandante geral da Polícia Militar, Renato Vieira de Souza, foi acionado. Ele teria se recusado a enviar uma viatura ao local para registrar a ocorrência, argumentando que não queria criar um "fato político". Diante da recusa, ainda segundo a assessoria, representantes do PT e PC do B vão pedir o afastamento do comandante.

 

Por outro lado, o tenente-coronel Alberto Luiz, da assessoria de imprensa da Polícia Militar, explicou que as denúncias estão sendo apuradas e que em breve, ainda nesta terça-feira (6), será divulgado um comunicado referente ao caso.

Segundo a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, as intimidações já acontecem há 10 dias.

- O tempo todo tem alguém monitorando o prédio, mas se o Sindicato dissesse sozinho, ninguém acreditaria.

Com relação à segurança dos professores, os deputados Durval Angelo e Rogério Correia solicitaram, junto à ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosario Nunes, que os profissionais de educação envolvidos sejam incluídos no PPDDH (Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos), inclusive com escolta policial.

Na próxima segunda-feira (12), a coordenadora do Sind-UTE vai, juntamente com o deputado Rogério Correia, protocolar uma representação junto à Polícia Civil.

Projeto de Lei

A ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) recebeu um novo Projeto de Lei que revê a política remuneratória dos servidores da educação. O Projeto foi recebido na Reunião Ordinária de Plenário desta terça-feira (6) e será analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça, de Administração orçamentária e financeira.

Fonte: R7