Medida administrativa criada durante o regime militar, o auto de resistência é usado para evitar a prisão em flagrante do agente envolvido em homicídio durante a ação policial. Foi a figura utilizada pelos policiais acusados de executar a juíza Patrícia Acioli quando participaram de operação que resultou na morte de Diego de Souza Beliene, 18 anos, em São Gonçalo, em junho. Os três PMs acusados da morte da juíza estão presos.
No Rio de Janeiro, os autos de resistência e a chamada letalidade policial são as mais altas do País. Segundo pesquisadores, o total de mortes em ações da polícia fluminense não encontram paralelo em nenhum lugar do mundo. A criação da chamada "gratificação faroeste", em 1995, no início do governo Marcello Alencar (PSDB), é apontada como uma das causas para o número elevado de autos de resistência no Estado. A medida, que foi posteriormente suspensa, estabelecia premiação em dinheiro para policiais por atos "de bravura".
Dados oficiais do governo do Rio divulgados no início do ano mostravam que as mortes em ações policiais continuavam elevadas. Entre 2007 e 2010, 4.370 pessoas morreram em confronto com agentes da lei. A média no período foi de três autos de resistência registrados por dia.
Em 2007, primeiro ano de administração do governador Sérgio Cabral (PMDB), foi registrado o maior número de mortes em confrontos com a polícia desde o início da série histórica registrada pelo Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP): 1.330. Desde então, esse número vem apresentando queda contínua. No ano passado, foram 855 autos de resistência. Entre janeiro e junho deste ano, já foram contabilizadas 374 mortes em confronto com a polícia.
Acorda, Policial e Bombeiro Militar!
O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.
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