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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O PT e a corrida pelo e para o poder


Para sociólogo, força de petista em eleições locais é "mito", mas ele elogia PT por escolher Haddad e crê que Meirelles sai candidato A iminência de uma campanha municipal em São Paulo com nomes de pouca experiência em disputas por cargos majoritários eleva a bolsa de apostas para 2012 em torno dos padrinhos desses candidatos. Diante desse cenário, os partidos esperam que a influência de suas principais lideranças faça a diferença daqui a dez meses. Nem todos os analistas, porém, estão tão certos do poder de fogo de padrinhos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal fiador da candidatura do ministro Fernando Haddad em São Paulo, numa disputa municipal. "O apoio dele é mito", arrisca o sociólogo e cientista político Alberto Carlos Almeida(*), sócio-diretor do Instituto Análise. A avaliação de Almeida é baseada nas últimas derrotas do PT na capital paulista, principalmente em 2008, quando Marta Suplicy foi derrotada por Gilberto Kassab (PSD). Para ele, a melhor saída para o prefeito em 2012 tem "nome e sobrenome: Henrique Meirelles". (A entrevista abaixo foi publicada hoje pelo Estadão)

As próximas eleições podem influir na sucessão presidencial de 2014?
Não influenciarão em nada. Nas eleições municipais de 2008, por exemplo, Kassab venceu a disputa para a maior prefeitura do País e o impacto disso em 2010 (quando Dilma Rousseff se elegeu presidente) foi nulo.

O que está em jogo na disputa em São Paulo?
Serão definidas forças para a sucessão estadual em 2014. Isso é o mais importante. Como Kassab tende a concorrer, ele precisa manter o controle da Prefeitura. Nessa lógica, seu candidato tem nome e sobrenome: Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central, filiado ao PSD).

Mesmo sem experiências em eleições majoritárias?
Antes de prepará-lo, Kassab precisa melhorar sua própria avaliação. Seu candidato pode ter o maior carisma do mundo, mas, se sua administração não tiver apoio popular, não elege nem o Lula. Caso consiga isso, é inteiramente possível preparar Meirelles, um nome forte.

Haddad leva vantagem por ter o apoio de Lula?
O apoio do Lula é mito. Ele apoiou muitos derrotados nas eleições de 2008. Em 2010, sim, Lula foi fundamental para eleger sua sucessora. Prefeito é crucial para eleger prefeito; governador para eleger governador; presidente para eleger presidente. Fora disso, é mito.

A escolha do PT foi acertada?
É muito boa. O partido já terá os votos da periferia. E, com Haddad, o PT opta por alguém palatável não só na periferia. Esses votos já serão do PT, seja qual for o candidato. Ele poderá tentar abrir uma folga muito grande nas classes mais baixas ou investir nas mais altas.

E quanto a Marta Suplicy?
Ela era a certeza da derrota, enquanto Haddad é a incerteza da vitória e da derrota.

E a escolha do deputado Gabriel Chalita (PMDB) para disputar a Prefeitura de São Paulo?
Será uma campanha difícil para ele por já haver uma disputa entre PT, PSDB e Kassab. Chalita terá de mostrar serviço. Sobre o PSDB, sem nome definido, espero por um bom desempenho.

Com Haddad, Chalita e Meirelles na disputa, essa eleição terá algo novo em pauta?
Apenas os nomes são novos. Todos passam pelas grandes estruturas partidárias das forças políticas já presentes em São Paulo.

Qual sua visão sobre as eleições de outras cidades do País?
Nas capitais, as disputas sempre refletem candidaturas estaduais. Mas não se pode imaginar que um prefeito eleito terá influência numa eleição presidencial. José Serra apoiou Kassab em 2008, por exemplo, e teve seu apoio na eleição presidencial de 2010. Foi derrotado.

A presidente Dilma deve entrar na campanha, como Lula fazia?
Difícil dizer. Ela não parece estar preocupada com isso. Não é alguém do mundo eleitoral como Lula, com política nas veias desde o sindicato. Não parece ser do feitio de Dilma esse envolvimento. O que pode ser bom, inclusive, à medida que não deve entrar em conflitos.

E quais serão os grandes temas em 2012?
Uma eleição municipal sempre se pauta pelo interesse local. Nas grandes cidades, eles tendem a ser bem variados. Nas pequenas e médias, a saúde é tema obrigatório. A saúde está sempre em pauta por ser um problema insolúvel.

(*)Sociólogo e cientista político, é especialista em análise de dados e pesquisas e autor, entre outros, dos livros A Cabeça do Brasileiro, A Cabeça do Eleitor e Erros nas Pesquisas Eleitorais e de Opinião.

Pensando em 2014, PT abre mão da cabeça de chapa em uma a cada três capitais e grandes cidades.

Para manter o casamento com o maior partido de sua base aliada, o PT estuda ceder ao PMDB nas eleições de 2012 até 13 cabeças de chapa em municípios considerados estratégicos. Com foco na reeleição da presidente Dilma Rousseff, o comando nacional petista pressiona dirigentes locais a desistir de lançar candidatos próprios para apoiar nomes indicados por legendas amigas. Um levantamento interno do PT, a que o Estado teve acesso, mostra que o partido cogita abrir espaço para seus aliados em até 40 das 118 capitais e cidades com mais de 150 mil eleitores - apontadas como prioridades da próxima disputa e batizadas de "joias da coroa"pela direção nacional da sigla.

Caso todas as negociações se confirmem, o PT abrirá mão de disputar uma de cada três prefeituras consideradas importantes. Em 2004, na primeira eleição municipal do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a sigla cedeu a cabeça de chapa em 18 das 95 cidades estratégicas - média inferior a uma a cada cinco. O PMDB seria o maior beneficiário da estratégia petista para 2012, podendo receber apoio em até 13 desses municípios. Em 2004, antes da adesão em massa do partido ao governo Lula, o PT apoiou apenas um peemedebista nas maiores cidades do Brasil.

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Seja para fortalecer a base aliada da presidente Dilma Rousseff ou para garantir alianças nas eleições estaduais, a direção petista admite abrir mão de cabeças de chapa em até 12 das 26 capitais. Além de Rio, Curitiba, Manaus e Vitória, há negociações em Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Maceió, Teresina, Palmas, Cuiabá e Florianópolis.
(Do Estadão)

Jornal faz editorial sobre "caixa dois" e "esquece" de citar confissão de Lula.

Hoje o jornal O Globo publica um editorial, que é a opinião da empresa jornalística e expressa a sua linha editorial, contra o financiamento público de campanha. Com posição contrária, o jornal cita diversos casos de caixa dois, no exterior e no Brasil. 

Há exemplos célebres. De Jacques Chirac, ex-presidente francês, denunciado por corrupção e condenado há poucos dias, ao chanceler alemão Helmut Kohl, obrigado a encerrar a carreira política por ter recebido recursos "não contabilizados", apesar de ostentar biografia de estadista por ser o responsável pela histórica reunificação alemã. Na política americana, a lista é grande. Nela inclui-se Spiro Agnew, o único vice-presidente da história americana - de Nixon - obrigado a renunciar por receber dinheiro "por fora".

Faltou citar Lula que, em pleno Fantástico, reconheceu que o PT fez caixa dois para financiar a campanha da sua eleição e, posteriormente, desviou recursos públicos para a compra de apoios no Congresso, no pior crime de corrupção política deste país, o Mensalão. Tomara que seja apenas um lapso do editorialista.

CGU: rombo deixado por ministros demitidos é de R$ 1,1 bilhão.

Além de derrubar cinco ministros este ano, as investigações de desvio de recursos públicos em órgãos federais identificaram ao menos 88 servidores públicos, de carreira ou não, suspeitos de envolvimento em ações escusas que acumulam dano potencial de R$1,1 bilhão. Esse valor inclui recursos pagos e também dinheiro cuja liberação chegou a ser barrada antes do pagamento. A recuperação do que saiu irregularmente dos cofres públicos ainda dependerá de um longo e penoso processo, até que parte desse dinheiro retorne ao Erário.

Os desvios foram constatados em investigações da Controladoria Geral da União (CGU) e dos cinco ministérios cujos titulares foram exonerados - Transportes, Agricultura, Turismo, Esporte e Trabalho. Outros dois ministros - da Casa Civil e da Defesa - caíram este ano, mas não por irregularidades neste governo. Antonio Palocci (Casa Civil) saiu por suspeitas de tráfico de influência antes de virar ministro, e Nelson Jobim (Defesa), após fazer críticas ao governo. A contabilidade exclui investigações ainda não encerradas pela Polícia Federal, que apura se houve ou não pagamento de propina a servidores, apontados como facilitadores dos esquemas de corrupção em Brasília e nos braços estaduais dos órgãos federais.
 
Fonte: O Globo

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