O Observatório Internacional de Violência Associada ao Narcotráfico (Obivan) publicou estudo comparando a violência no Rio de Janeiro, Colômbia e México. A principal conclusão da pesquisa é que, no Rio, o conflito é frequentemente motivado pela ação policial. O Observatório ressaltou ainda que a atuação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estão contribuindo para reduzir estes confrontos.
O estudo comparou eventos violentos divulgados por jornais nas três localidades. Na Colômbia e no México os principais ataques partem do próprio narcotráfico, que é mais violento e ataca com mais frequência. No Rio, o protagonismo nessas situações é, na maior parte das vezes, dos próprios policiais, principalmente durante as invasões das áreas ocupadas pelos traficantes.
Este foi o quadro encontrado em mais de 50% dos relatos analisados, referentes ao ano de 2009. Citando números ainda provisórios, o estudo mostrou que o combate entre traficantes e a polícia foi 60% maior no período 2007-2008 (438 episódios) do que no período ainda mais recente (271 episódios). As batalhas entre as próprias facções criminosas chegaram a 47 ocorrências no primeiro período e 39 no segundo.
Apesar da conclusão sobre a participação da polícia, os especialistas elogiaram o modelo desenvolvido no Rio de Janeiro, a Polícia Pacificadora, em que há uma repressão condicionada, o que estimularia os traficantes a reduzirem o uso da violência, mudando a estratégia do tráfico.
Fonte: O TEMPO/Blog da Renata
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