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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Brasil deveria criar comissão de debates semelhante à dos EUA

O primeiro debate da eleição presidencial será realizado nesta terça-feira, 26, na Rede Bandeirantes. Existem seis debates em organização, mas os principais candidatos devem limitá-los a três ou quatro, em razão da restrição da agenda ou da irrelevância em audiência do proponente.

Talvez seja a hora de entidades não-partidárias e sem fins lucrativos tentarem se articular para montar no Brasil algo como "The Commission on Presidential Debates" (CPD). É a instituição criada em 1987 nos Estados Unidos para se responsabilizar pela organização dos debates presidenciais. Foi montada a partir do pressuposto de que os debates informam e envolvem os eleitores no processo político.

É um erro comum achar que nos EUA só há dois candidatos a presidente, um republicano contra um democrata. Há dezenas deles, uns tantos nomes independentes e outros tantos malucos.

"The Commission on Presidential Debates" estabeleceu critérios para a escolha dos participantes. As regras da disputa americana são bastante diferentes das brasileiras, mas os critérios criados permitem identificar os candidatos que tenham obtido um nível de apoio eleitoral e que realisticamente possam ser considerados com chances de chegar à Presidência.

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Os debates são transmitidos pelas emissoras de televisão, mas nenhuma delas está vinculada diretamente à organização das regras, dos temas e dos mediadores. Aquele formato de debate em arena, que a Globo já usou em algumas eleições, quando eleitores indecisos fazem perguntas de seu interesse aos candidatos, surgiu de uma experiência do CPD.

Talvez a ideia de montar uma comissão nacional de debates tenha mais chance de ir à frente se tocada por entidades do terceiro setor, e não da Justiça Eleitoral. É uma maneira de tornar menos virtual um processo hoje exclusivamente midiático.

Quanto menos engessado melhor se torna um debate. As regras rígidas que os consultores de marketing e assessores políticos impõem são muletas para sustentar candidatos, em geral, gaguejantes, mal preparados e/ou sem propostas.

Quanto maior a possibilidade de ações e declarações que saiam do script previsto por marqueteiros maior a chance de um debate na TV de trazer à tona informações políticas e características de personalidades relevantes para o eleitor.

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