Estudantes contrários ao projeto de reorganização escolar proposto pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) bloqueiam no início da noite desta terça-feira (1º) os dois sentidos da avenida 9 de julho, no centro da capital paulista.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego), o protesto acontece na altura do número 900. Procurada, a Polícia Militar não soube informar a quantidade de pessoas que participam do ato. Até o momento, não foi registrada nenhuma ocorrência.
Essa não é a primeira manifestação nesta semana contra a reestruturação das escolas, que pretende "disponibilizar" 93 escolas para outros fins educacionais e separar os estudantes em ciclos (escolas com alunos dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio).
A medida tem causado protestos diários, além da ocupação de cerca de 200 escolas por estudantes e movimentos sociais. Ontem à noite e na manhã desta terça, manifestantes ocuparam a marginal Tietê. Na segunda-feira foi a vez de um dos mais importantes cruzamentos da capital: avenida Faria Lima e avenida Rebouças.
No domingo (29), o chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Fernando Padula, se reuniu com dirigentes regionais de ensino para convocar um mutirão de visitas às escolas ocupadas no Estado, que deveria ser realizado a partir desta segunda-feira. Segundo o áudio da reunião, que vazou e foi publicado nas redes sociais, o objetivo seria convocar pais e alunos para tentar desmobilizar o movimento.
"O governo declarou guerra, nós consideramos isso um absurdo. Como se declara guerra antes de negociar? Nós estamos mostrando que estamos na rua e não só nas escolas", disse um estudante sobre o áudio da reunião.
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