Greve de policiais no Rio é indicativo de muitas movimentações das polícias em 2016 por reajuste e recomposição salarial.
Polícias Civil, Militar e bombeiros decretam greve no Rio de Janeiro
Greve de policiais no Rio é indicativo de muitas movimentações das polícias em 2016 por reajuste e recomposição salarial.
"Desde o último reajuste em suaves parcelas durante o Governo Aécio Neves que os salários dos policiais e bombeiros militares, civis e os agentes penitenicários e socioeducativos, que não há qualquer sinalização e indicativo do atual governo que possam demonstrar preocupação e inclusão na agenda das políticas de irredutibilidade dos vencimentos e de reajuste anual dos salários.
Não obstante o discurso oficial de que não há recursos e que a crise também afetou a arrecadação, e das supostas dívidas herdadas do governo tucano, não podemos nos afastar da proposta original da luta por melhoria e reajuste salarial que é equiparação com os vencimentos da Polícia Militar do Distrito Federal.
Por isto há a necessidade e urgência de mobilização, reivindicação, e cobrança dos deputados, das asssociações representativas para que já em 2016 inciem as atividades para a construção da proposta de rejuste e recomposição salarial, tendo como referencial a tabela salarial dos policiais e bombeiros militares do Ddistrito Federal.
Não há como esquecer que a inflação, mais a defasagem salarial são o resultado da crise, e que tem entre suas vítimas os trabalhadores assalariados, e com mais rigor e intensidade os do serviço publico, que não tem nenhuma lei que imponha ao Governo a aplicação do reajuste anual, por completa ausencia de previsão legal e determinação de data base.
Daqui a mais uns poucos dias, inauguraremos um novo ano, e esperamos que haja mais compromisso com a luta por resspeito e valorização dos policiais e agentes de segurança pública, pois o crime não dará treguas, e o policial não descansará de seu trabalho de proteger e servir"
José Luiz Barbosa, Sgt PM - RR, especialista em segurança pública, ativista de direitos e garantias fundamentais.
Decisão foi tomada por cerca de 2 mil pessoas em assembleia no Centro.
Policiais e bombeiros reivindicam piso salarial de R$ 3.500.
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Após a assembleia realizada na noite de quinta-feira (9), os bombeiros e as polícias civil e militar decretaram a greve das categorias no estado do Rio de Janeiro. Cerca de duas mil pessoas presentes na Cinelândia, no Centro, participaram da votação. Juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Segundo os grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência.
Os policiais militares informaram que ficarão em seus respectivos batalhões e não atenderão a nenhuma ocorrência. "A partir de agora, a segurança é de responsabilidade da Guarda Nacional ou do Exército", disse o cabo da PM Wellington Machado, do 22º BPM (Maré) ao microfone, após perguntar quem estava a favor da paralisação e todos os presentes levantarem as mãos e gritarem "sim".
Já os bombeiros também ficarão aquartelados, mas afirmam que 30% do efetivo vão atender os casos de emergência, assim como os policiais civis. Eles frisaram que não vão deixar "a população à deriva".
Segundo os manifestantes, a greve é por tempo indeterminado. Eles disseram que só voltarão à ativa quando o cabo Benevenuto Daciolo, que está preso em Bangu, for liberado e as reivindicações de reajuste salarial forem atendidas.
Após a confirmação da greve, o cabo Machado deu instruções aos policiais presentes na Cinelândia. "Todos devem seguir direto e estar aquartelados em seus respectivos batalhões", disse. "Atenção, é importante, quem está de folga aquartela, de férias aquartela, quem está de licença aquartela. Todos juntos, não tem distinção, se puderem levar as esposas, levem junto. É importante", completou.
A greve foi decretada por volta das 23h30, meia hora antes do previsto. De acordo com os líderes do movimento, no entanto, a decisão já estava acertada. Eles explicam que a antecipação do anúncio da paralisação ocorreu porque os manifestantes estavam cansados. A assembleia teve início por volta das 18h.
Exército enviará 14 mil homens
Mais cedo, o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, afirmou que o Exército disponibilizaria cerca de 14 mil homens e a Força Nacional atuaria com cerca de 300 homens para a segurança no estado, caso a greve fosse decretada.
Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos servidores de segurança do estado.
A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros da Auditoria da Justiça Militar do Rio decretou, na noite desta quinta-feira (9), a prisão preventiva do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros. Ele é acusado de praticar os crimes de incitamento e aliciamento a motim. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
A liberdade do bombeiro era uma das reivindicações de policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários. Além disso, as categorias reivindicam piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição.
O cabo Benevenuto Daciolo está preso administrativamente, em Bangu, devido aos crimes de incitamento à greve e aliciamento a motim, segundo o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões. Escutas mostram conversa de Daciolo com a deputada Janira Rocha (PSOL) sobre estratégias de greve.
Em relação à segurança da população, Nascimento garante que os serviços de segurança da sociedade que tenham "caso de morte" serão prestados. "Em casos como grandes incêndios, colisões, atropelamentos, acidentes graves, os serviços serão prestados", garantiu.
Cabral critica 'balbúrdia e agitação'
O governador do Rio, Sérgio Cabral, defendeu a atual política de segurança estadual. “O governo, nesses anos todos, fez um esforço priorizando a segurança pública. Hoje, a segurança pública tem um orçamento que chega a níveis de itens essenciais, como a saúde, apesar de não ser obrigatório. O orçamento da Polícia Militar subiu de R$ 900 milhões para R$ 2 bilhões”, afirmou durante o lançamento do Programa Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, em Niterói, no fim desta manhã.
Cabral afirmou que existe uma “articulação nacional para tentar criar um clima de insegurança” e criticou aqueles a quem chamou de “ditos líderes” do movimento por melhores salários para bombeiros e policiais.
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