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sábado, 17 de dezembro de 2011

Com Ibope em alta, Dilma avisa: tolerância zero com desvio continua


Presidenta reúne jornalistas para café da manhã de confraternização, faz balanço do primeiro ano e manda recado a aliados. Não abre mão de 'tolerância zero' com desvios éticos, e ministro tem de seguir 'critérios do governo', não de partidos. Na última pesquisa Ibope/CNI de 2011, avaliação do modo Dilma de governar fecha em 72%. Popularidade do governo sobe para 56%.

BRASÍLIA – A presidenta Dilma Rousseff encerra o primeiro ano de mandato com a popularidade tão alta quanto no início, quando a expectativa ainda prevalecia sobre a realidade. Uma das marcas mais fortes de Dilma nestes 12 meses, talvez a principal na área política, foi a pouca disposição dela para segurar ministros com encrencas éticas. Essa “tolerância zero” com “malfeitos” vai continuar em 2012. Quem avisa é a própria presidenta.

Dilma recebeu nesta sexta-feira (16), no Palácio do Planalto, cerca de 50 jornalistas para um café da manhã de confraternização. Antes de responder a perguntas, fez uma exposição de uns 40 minutos com um balanço de seu primeiro ano. Reservou boa parte da análise para a economia. No final, disse que 2011 foi um ano de grandes desafios e, por iniciativa própria, mandou recados para os partidos aliados.

“Meu governo não tem nenhum compromisso com qualquer prática inadequada de malfeitos”, disse a presidenta, que espontaneamente definiu essa postura como “tolerância zero” com irregularidades.

“Vou exigir cada vez mais que a governança [dos ministérios] siga critérios internos do governo”, afirmou Dilma, explicando, também por iniciativa própria, sem ser perguntada por jornalistas, que o oposto de “critérios internos do governo” é orientação de partidos.

Para a presidenta, uma governança que obedece “critérios internos do governo”, algo que pode ser traduzido como “critérios dela, Dilma”, é importante para tornar o Estado brasileiro mais eficiente e profissionalizando.

O risco que a presidenta corre com essa atitude enérgica, que às vezes dentro do próprio governo se classifica como técnica demais e política de menos, seria perder apoio de partidos.

Mas a ausência de uma alternativa de poder forte na oposição até agora – o escolhido pelo PSDB, senador Aécio Neves, ainda precisa empolgar – e a popularidade em alta não estimulam a debandada. Ao contrário. Será mais fácil disputar a eleição para prefeito no ano que vem colado na popularidade de Dilma.

Ibope em alta

Nesta sexta-feira (16), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a última pesquisa trimestral do ano que encomenda ao Ibope sobre a opinião que os eleitores têm do governo. E os resultados foram animadores para Dilma.

A avaliação positiva do governo (ótimo e bom) subiu de 51%, em setembro, para 56% agora, mesmo patamar observado em março, no primeiro levantamento CNI/Ibope do ano. A aprovação ao modo de a presidenta governar subiu de 71% para 72% - o que não quer dizer que aumentou de fato, pois variou dentro da margem de erro da pesquisa (dois pontos para cima ou para baixo) - e fecha quase igual a março (73%).

Nos dois casos – avaliação positiva do governo e aprovação do modo de o presidente governar -, Dilma bate os antecessores Lula e FHC, que não tinham índices tão altos em dezembro no primeiro ano de cada um de seus dois mandatos.

Só a confiança individual na presidenta é que não voltou ao patamar do início do ano, época de expectativas maiores. Manteve-se em 68% de setembro para agora, mas estava em 74% em março.

Para o gerente de pesquisas da CNI, Renato Fonseca, que divulgou o levantamento e fez uma análise dos resultados em uma entrevista coletiva, dois fatos explicam a popularidade de Dilma durante o ano.

O primeiro, que ele considera mais importante, foi a economia. Apesar de o país ter parado de crescer, a sensação de bem estar-estar das pessoas, proporcionada por geração de empregos e aumento da renda, continua. E quando a economia vai bem, o governo seria bem avaliado.

O segundo é que a presidenta “conseguiu se manter descolada” das denúncias de corrupção que já custaram a demissão de vários ministros.

Diante disso, não haveria mesmo porque Dilma abandonar a "tolerância zero". Mas, como fez ao longo do ano, a presidenta também amenizou um pouco as palavras, talvez para não assustar demais os aliados. Ela disse que o governo "também tem que preservar sua capacidade de não criar caça às bruxas", pois já se viu isso no passado, e "nunca leva a coisa boa". E que é preciso defender o direito de resposta dos acusados.

Fonte: Carta maior

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