A greve dos policiais e bombeiros
* Wagner Baldez
MA - Ainda que o assunto abordado sobre a greve dos Policiais Militares e Corpo de Bombeiros em nosso estado pareça um tanto tardio para alguns, asseguramos ser autoengano, já que, pela valorização do acontecimento, passou a fazer parte da nossa história; e, por tratar-se de mencionada ciência, qualquer que seja o tempo, o fato é considerado atualizado.
Assim sendo, desejamos levar ao conhecimento da população, com absoluta fidelidade, os pormenores ocorridos, a partir do procedimento das partes (Governo e Grevistas) até o desfecho final do aludido impasse.
Tão logo foi deflagrado o movimento paredista, a 'Governadora', desprovida de quaisquer sentimentos de justiça e solidariedade, cultivando unicamente arrogância e mórbida vaidade, não admitiu parlamentar com as lideranças do movimento enquanto perdurasse a greve: exigência rejeitada pelo comando de greve. Sem dúvida, inesperado comportamento causou à Dona Roseana terrível impacto e constrangimento, já que se acostumara a manipular a corporação. Esta foi a primeira derrota sofrida pela mandatária do Executivo maranhense.
Em seguida, inspirando-se no gênio militar do general Napoleão Bonaparte, que afirmava: 'Perder uma batalha não significa perder a guerra'... Dona Roseana se motivou a prosseguir a luta, etapa em que exerceu violenta pressão contra seus oponentes.
Acontece que ela, duvidando da posição coerente dos grevistas e pretendendo amedrontá-los, apelou à Justiça que decretasse a prisão das lideranças, inclusive que fosse descontado R$ 200,00 nos vencimentos de todos os participantes: ato que não vingou...
Ainda supondo arrefecer a resistência dos grevistas, solicitou a presença da Força Nacional e Tropa de Exército, providência que de forma alguma alterou a firme posição dos militares. Em razão do acúmulo de derrotas, presumiu-se que ela desistisse de suas intervenções diabólicas... qual nada!
Como última cartada (não de baralho...), tentou impedir o apoio das demais classes. Para ela, isso seria possível, pelo fato de, historicamente, tais classes serem vítimas da truculência policial, quando, concentradas nas praças, reivindicavam seus direitos.
A verdade é que, para desespero seu, nada do que ela havia idealizado se viabilizou...simples devaneio! Foi ai que ela passou a acreditar na sua humilhante derrota!
Como membro do Instituto Maria Aragão, Comitê de Defesa da Ilha e PSOL, fizemo-nos presentes ao ato, a fim de prestarmos a nossa decidida contribuição.
Outrossim, naquela ocasião, assomou-nos o desejo veemente de conhecer pessoalmente os Coronéis Ivan e Melo, no sentido de demonstrar o nosso respeito e admiração pelo gesto de dignidade como se comportaram no que se refere ao apoio dispensado aos companheiros de farda nesse episódio, o qual marcou uma nova época para os movimentos de massa.
Quanto aos demais ocupantes do posto de Coronel, comporta, por oportuno, uma interrogação: será que esses oficiais superiores aceitaram que fosse incorporado aos seus soldos o aumento conquistado com sacrifício pelos demais companheiros, sem haver tais patentes sequer participado de uma única batalha?!
O que mais consagrou esse memorável e épico acontecimento, porém, foi os policiais militares quebrarem a demasiada arrogância de Dona Roseana, cuja prática era, covardemente, empregada contra os fracos e injustiçados!!!
Concluindo a presente narrativa, merece alusão o fato inusitado de vermos colocado na faixa de governadora por ela usada, uma tarja negra, simbolizando a decadência ou sepultamento de sua autoridade como chefe de estado.
*Funcionário público aposentado.
Mais um reflexo da PEC 300
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