Apesar de recorrer ao lay-off e a férias coletivas, a indústria automobilística demitiu neste ano 6,7 mil trabalhadores, a maioria por programas de demissão voluntária. O setor emprega hoje 150,3 mil pessoas. A maioria deles passou, neste ano, por períodos de dispensa, como férias coletivas e folgas, medidas que continuam sendo adotadas. A partir do dia 25, a Volkswagen dará férias a 4,5 mil trabalhadores da fábrica de Taubaté e a Fiat também vai suspender parte da produção em Betim (MG).
A reportagem foi publicada pelo Estado de S. Paulo, 10-08-2014.
Quem está em lay-off mantém a esperança de retorno à rotina da fábrica. "Estou aproveitando a oportunidade para me dedicar aos estudos, pois não sentava num banco escolar há 18 anos", afirma Maria Idaiala, de 41 anos, que frequenta o curso de qualificação na fábrica da Mercedes-Benz.
Funcionária da empresa há 15 anos, ela trabalha na área de montagem de cabines e enfrenta seu primeiro lay-off. Em 2012, a montadora adotou o sistema, mas Maria não estava no grupo de 1,5 afastados na época.
Wellington Carniel, 43 anos e 16 de Mercedes, também entrou no lay-off pela primeira vez. Ele tem estabilidade por ter doença profissional, mas diz ser assediado pela empresa a entrar no PDV - que tem por objetivo 2 mil adesões. O mesmo ocorre com outros colegas do lay-off, como André Pina, de 36 anos e 17 de empresa. "Não me interessa o PDV pois, se sair daqui, não vou conseguir outro emprego", diz ele, que trabalha na montagem de caminhões.
Com esperança de voltar ao trabalho "o mais rápido possível", Wilson Menezes Silva, funcionário da Volkswagen emSão Bernardo, aproveita o tempo livre para fazer trabalhos voluntários. Com 49 anos de idade e 25 de Volks, ele produzia a Kombi, que saiu de linha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada