Militares querem criar partido político

Objetivo é seguir a iniciativa que começou em Brasília e fundar no Estado o Partido Segurança Pública e Cidadania (PSPC)

Luiz Fernando Brumana

Um novo partido político começa a ser esboçado no Espírito Santo e a expectativa da Executiva Nacional é de que ele assuma traços firmes até a próxima eleição municipal, em 212.

Representantes da Polícia Militar e dos Bombeiros se reuniram na m anhá de ontem, na Assembléia Legislativa, para discutir a criação do Partido da Segurança Pública e Cidadania (PCPC).

Segundo o presidente nacional da legenda, o tenente da PM do Distrito Federal, Edvaldo Farias dos Santos, a iniciativa teve início em Brasília e a legenda já foi implantada em 10 estados.

Sendo ele: Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, São Paulo, Alagoas, Paraíba e Pernambuco.

Sgt Barbosa, que veio de Minas Gerais, como convidado pela coordenação política do projeto, insistiu que há a necessidade urgente e inadiável de um trabalho focado na formação política dos militares, por que julga fundamental que todos possam aprender o valor e o papel da participação no processo político e, que esta estratégia poderá ser um marco para melhorar o desempenho dos candidatos nas eleições colaborando assim, para aproximar o cidadão das discussões concretas sobre a valorização profissional e melhoria da segurança pública, destacando que a prática precisa ser sistematizada pelo conhecimento teórico da formação política, de dirigentes, militantes e lideranças, com eixos e princípios delineados no exercício da cidadania, conclui. 

“O objetivo é de que em 2012 a gente já apresente os nossos candidatos. O Espírito Santo seria o nosso 1º estado. Hoje vamos dar o ponta-pé inicial e montar a Executiva estadual, começando com um diretório em Vitória e passando para os demais municípios”, explicou o presidente do PSPC.

O deputado estadual reeleito pelo PDT Josias Da Vitória, foi convidado, inclusive, para participar do evento e compor a mesa de discussão pela criação do partido.

“Precisamos nos preocupar com a política pública de segurança dos cidadãos. Então, vejo com muitos bons olhos essa iniciativa dos militares”, apontou.

LEGISLAÇÃO

Mesmo com a criação do PSPC, grande parte dos militares não poderão se filiar ao partido, já que a legislação proíbe a ligação de membros da categoria e legendas políticas. A única exceção é quanto àqueles que estão na reserva e podem se candidatar.

FONTE: Jornal A Tribuna, pg 50 (Política) - 17 out 2010 (domingo)

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