Partido decide recorrer ao TSE e pedir uma rigorosa investigação
O PT anunciou ontem que pedirá que o Tribunal Superior Eleitoral investigue a autoria de panfletos que acusam a presidenciável do partido, Dilma Rousseff, de ser favorável ao aborto e pede voto contrário à petista. "Há indícios veementes que esses panfletos possam ter sido produzidos pelo nosso adversário", disse o deputado federal José Eduardo Cardozo, secretário-geral da legenda.
Candidata Dilma Rousseff recebe o apoio de artistas no Rio de Janeiro.De acordo com o parlamentar, a proprietária de uma gráfica em São Paulo, na qual a Polícia Federal apreendeu 2 milhões de cópias desse panfleto, é filiada ao PSDB. Ela também seria irmã de um dos coordenadores da campanha de Serra.
Sem dar mais detalhes, o secretário-geral do PT responsabilizou uma "central de boatos" pela confecção do material contrário à Dilma. A campanha da petista tem acusado a equipe de seu adversário de criar inverdades para atingi-la na corrida presidencial.
O presidente também citou realizações de sua governo, como os investimentos na indústria naval, a criação de novas universidades e escolas técnicas.
Na análise do presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcanti, conselheiros federais e contribuintes já teriam relatado para a entidade uma série de transtornos causados pela medida. A entidade afirma que a MP “atenta contra os direitos da advocacia”, ao exigir procuração pública para que os advogados atuem junto à Receita. “Essa medida transfere aos cidadãos de bem e, sobretudo, aos advogados a solução de um problema gerado pela própria Receita Federal, que não tem tido a necessária competência para garantir o sigilo das pessoas", disse o presidente da entidade.
E observou que, na época, nenhum doador tinha reclamado que o dinheiro não havia chegado à campanha, nem os responsáveis pela arrecadação tinham feito qualquer observação nesse sentido. Mas o PT pretende voltar à carga: o deputado estadual por São Paulo, Antônio Mentor fala em CPI na Assembleia e a candidata Dilma Rousseff também abordou o assunto ontem no Jornal Nacional.
Carlos Fehlberg
Candidata Dilma Rousseff recebe o apoio de artistas no Rio de Janeiro.
Sem dar mais detalhes, o secretário-geral do PT responsabilizou uma "central de boatos" pela confecção do material contrário à Dilma. A campanha da petista tem acusado a equipe de seu adversário de criar inverdades para atingi-la na corrida presidencial.
Mais tempo para Erenice
A Casa Civil da Presidência da República prorrogou por mais 30 dias os trabalhos da Comissão de Sindicância Investigativa que apura as denúncias de suposto esquema de tráfico de influência envolvendo a ex-ministra-chefe da pasta Erenice Guerra, assessores e familiares. A portaria, assinada pelo ministro interino, Carlos Esteves Lima. Novas denúncias apontaram o suposto envolvimento de outros parentes de Erenice no esquema, inclusive Saulo Guerra, outro filho dela. O prazo original estipulado pela comissão para a conclusão do caso terminou domingo, 17. Com o novo cronograma, o resultado da apuração só será divulgado após o segundo turno da eleição.Lula: “dever cumprido”
O presidente Lula disse ontem em São José dos Campos que "sai do governo com a sensação de dever cumprido. Saio com a sensação de ter criado talvez a mais importante relação que um presidente já teve com o movimento sindical, com o empresariado, com os catadores de papel, com os trabalhadores rurais. Saio com a sensação de ter feito uma relação extraordinária com o conjunto da sociedade brasileira" e completou "fizemos muita coisa, mas ainda há muito o que fazer."O presidente também citou realizações de sua governo, como os investimentos na indústria naval, a criação de novas universidades e escolas técnicas.
OAB e a Receita
A Ordem dos Advogados do Brasil decidiu, ingressar na Justiça com um mandado de segurança na tentativa de derrubar a obrigatoriedade de procuração para que os advogados representem seus clientes em questões envolvendo a Receita Federal. A medida foi implementada pelo governo por meio de medida provisória. A exigência faz parte de medidas do governo para reforçar a segurança do sistema de acesso a informações da Receita Federal e tomada após a violação dos dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas ao PSDB.Na análise do presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcanti, conselheiros federais e contribuintes já teriam relatado para a entidade uma série de transtornos causados pela medida. A entidade afirma que a MP “atenta contra os direitos da advocacia”, ao exigir procuração pública para que os advogados atuem junto à Receita. “Essa medida transfere aos cidadãos de bem e, sobretudo, aos advogados a solução de um problema gerado pela própria Receita Federal, que não tem tido a necessária competência para garantir o sigilo das pessoas", disse o presidente da entidade.
Debate
Um suposto desvio da arrecadação da campanha de Serra envolvendo Paulo Vieira de Souza (ex-diretor do Dersa), e não o recebimento de doações ilegais como se divulgou ontem, foi tema abordado durante o terceiro bloco do encontro entre Serra e Dilma, domingo no debate Rede TV!/Folha de S.Paulo. O próprio candidato tucano logo contestou:“Disseram que alguém tinha recebido uma contribuição para minha campanha e não tinha entregue, ou seja: eu sou a vítima disso!” E ao responder uma pergunta de uma jornalista sobre se ele sabia das denúncias contra o ex-diretor do Dersa, Serra negou ter dito que não conhecia Paulo Vieira de Souza, como fora publicado na imprensa: “Não neguei que o conhecia. Fui numa segunda a Goiânia e veio uma repórter perguntar-me sobre o Paulo Preto. Não o conhecia assim: Paulo Preto é um apelido preconceituoso e racista.”E observou que, na época, nenhum doador tinha reclamado que o dinheiro não havia chegado à campanha, nem os responsáveis pela arrecadação tinham feito qualquer observação nesse sentido. Mas o PT pretende voltar à carga: o deputado estadual por São Paulo, Antônio Mentor fala em CPI na Assembleia e a candidata Dilma Rousseff também abordou o assunto ontem no Jornal Nacional.
Carlos Fehlberg
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