Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sábado, 27 de agosto de 2011

Delegado acusa Corregedoria de favorecer "caciques"

Denúncia feita por delegado que atuou até abril na Corregedoria da Polícia Civil acusa o órgão de tratamento diferenciado em apurações contra delegados que chegaram ao topo da carreira.

Mais: aponta pressão da cúpula da Corregedoria para não responsabilizar policiais por crimes em inquéritos que podem se converter em processos criminais na Justiça.

As acusações são do delegado Mário Rui Aidar Franco, que foi por dois anos da Corregedoria e, hoje, é plantonista em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.

Elas foram feitas à direção da Polícia Civil e da Secretaria da Segurança Pública. Os envolvidos negaram as acusações.

Há uma orientação, diz Franco, para que delegados da "classe especial", a elite da Polícia Civil, só sejam investigados por iguais.

O problema é que a divisão que apura os crimes de policiais civis não tem delegado de classe especial. Estão nessa categoria 114 dos 3.300 delegados do Estado.

A orientação aos delegados partiu de José Ferreira Boucinha Neto, um dos chefes do órgão, segundo gravação obtida pela Folha de uma reunião feita em março.

Boucinha Neto é acusado por Franco de ter dito que o chefe da Corregedoria, Délio Montresor, deveria estar sentado "no vaso sanitário". O delegado, que não é de classe especial, nega.

A denúncia feita por Franco acusa a Corregedoria de se esforçar para não apontar culpados nos inquéritos enviados ao Ministério Público.

"Indiciamento [de suspeitos] só serve para tomar dinheiro", disse Boucinha Neto, na reunião gravada.

Esses inquéritos podem -a depender da avaliação do promotor- resultar em denúncia à Justiça do policial investigado. Délio Montresor afirma que isso não ocorre.
Há 900 apurações criminais na Corregedoria atualmente.

Na gravação, Boucinha Neto brinca com o sobrenome do secretário Antonio Ferreira Pinto ao dizer não saber se ele continuaria à frente da Segurança Pública.
Franco cita outros exemplos de "ingerência". Uma envolve o delegado Waldomiro Milanesi, chefe da Divisão de Capturas e que já foi do gabinete do secretário.

ORDEM

Ele disse ter recebido ordem para ouvir Milanesi no início de investigação contra dois policiais, o que, avalia, causou vazamento de dados.

Os policiais receberam R$ 50 mil cada um por ajudar a elucidar uma tentativa de sequestro. Eles disseram que o dinheiro havia sido foi prêmio da família da vítima.
A suspeita da Corregedoria, porém, era que eles estivessem envolvidos no crime.

Milanesi havia trabalhado com os dois policiais e negou interferência no caso, que segue em investigação. Após as denúncias, Franco e a noiva, a delegada Roberta Silva, também ex-Corregedoria e hoje na delegacia de Barueri (Grande SP), passaram a ser investigados.

Folha.com

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social
Portal Nacional dos Delegados

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada

politicacidadaniaedignidade.blogspot.com