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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Homicídios dolosos em São Paulo sobem 20% em julho

Com 370 homicídios, este foi o maior número de mortes em julho em São Paulo desde 2005. Depois de uma queda de -25% em março de 2011 comparado a março de 2010, a queda desacelera em abril e maio e converte-se em aumento em junho (4% sobre 2010). Agora em julho vemos um crescimento de 20% nos homicídios com relação a julho do ano anterior.





Em termos de taxa, neste mês São Paulo volta a ficar acima dos 10:100 – 10,6:100 para sermos mais precisos.

Já apontamos em outros textos o mecanismo por traz desta dinâmica: o aumento dos crimes contra o patrimônio faz com que a população volte a andar armada para se “proteger” dos criminosos e com mais armas em circulação, crescem indiretamente os homicídios, que em São Paulo são predominantemente interpessoais. Lembre-se que os homicídios não incluem as resistências seguidas de morte em confrontos, que na cidade de São Paulo já representam 1/3 do total de mortes e que tendem a acompanhar os crimes patrimoniais...

E os crimes contra o patrimônio em São Paulo, como confirmam os dados de julho, crescem desde o final de 2010: comparando com julho passado tivemos aumento nos roubos a banco, roubo de veículos, roubo outros, furto de veículo e furto outros. Um misto de desaceleração da atividade econômica e mediocridade gerencial explicam o crescimento do crime no Estado.
No gráfico abaixo, vemos a variação médial mensal de 5 principais crimes, comparados ao mesmo período do ano anterior:

Como veremos em artigo na próxima semana, este aumento não é exclusivo de São Paulo pois aumentos ou desacelerações dos ciclos de queda podem ser observados também no Rio Grande do Sul, Minas Gerais (que acaba de publicar os dados de 2010) e Bahia, que publica mensalmente os dados da Capital, Salvador. Apenas o Rio de Janeiro escapa do ciclo de alta.

Os homicídios, portanto, são temporalmente defasados com relação ao crime patrimonial pois a população custa um pouco a perceber o aumento da criminalidade e voltar a se armar, assim como demora a perceber quando a criminalidade cai. Com 4 pontos seguidos numa mesma direção (abril a julho)e sem sinal de melhora no cenário econômico, preparem-se para novos aumentos de homicídios nos próximos meses. 
 

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