Editorial do blog Política cidadania e dignidade:
Mudam-se os personagens, mas a história se repete.
Com se não bastasse, agora invocam texto da bíblia, para justificar o preconceito e o ódio de muitos que se dizem cristãos, para denegrir, desmoralizar e demonizar os homossexuais.
Não seria mais humano, já que para ser um cristão seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo, precisamos mais do que pregar, praticar seus ensinamentos, que façamos uma reflexão, sobre como o Mestre Jesus, com sua profunda sabedoria, trataria a questão da homofobia?
Jesus em sua magistral aula de amor a humanidade, já no limiar de sua morte, assim se manifestou, "Pai perdoai-os, pois não sabem o que fazem," isto sem nos determos na máxima apregoada em toda sua jornada na terra, que simplesmente resume como devemos tratar nossos semelhantes: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo".
Citações biblícas
A pedido da Defensoria Pública de São Paulo, em Ribeirão Preto, a 6ª Vara Cível local determinou na noite da última sexta-feira (19/8) a retirada imediata de um outdoor considerado homofóbico. A concessão da medida liminar ocorreu dois dias antes da 7ª Parada do Orgulho LGBTT de Ribeirão Preto no domingo. O outdoor foi retirado do painel no sábado.
O outdoor continha três citações bíblicas. Entre elas, dava-se destaque ao trecho do livro de Levítico: “se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...”. De acordo com o juiz Aleksander Coronado Braido da Silva, "a Constituição Federal protege a conduta do réu [Casa de Oração de Ribeirão Preto] de expor suas opiniões pessoais, mas, ao mesmo tempo, também protege a intimidade, honra e imagem das pessoas quando violadas". Ele levou em consideração a proximidade da Parada LGBTT. O juiz determinou uma multa de R$ 10 mil para cada ato de descumprimento.
Para os defensores públicos Victor Hugo Albernaz Junior e Aluísio Iunes Monti Ruggeri Ré, responsáveis pela ação, “expressões usadas, tais como ‘praticam coisa abominável’, ‘paixões vergonhosas’, ‘relações vergonhosas’, ‘recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa de seus erros’, remetem os reais e atuais personagens desta mensagem a situação de inferiorização de suas pessoas, como se fossem de segunda categoria ou pior, degradando-os como seres humanos, desrespeitando-lhes a condição humana em que se inserem a partir de suas orientações sexuais e de suas identidades de gênero. A Ação Civil Pública foi proposta contra a Casa de Oração de Ribeirão Preto e a empresa Nóbile Painéis.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública do Estado.
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