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sábado, 29 de outubro de 2011

Deputado Estadual Sargento Rodrigues cobra clareza nos gastos públicos em Minas

Dois projetos na Assembleia querem tornar divulgação de despesas obrigatória

Minas Gerais foi um dos Estados mais mal avaliados do Brasil em relação à transparência dos gastos públicos por pesquisadores do Centro de Estudos da Opinião Pública da Unicamp. A falta de controle sobre a alocação dos recursos pela administração estadual foi um dos oito critérios analisados no levantamento divulgado anteontem - realizado a pedido do Instituto Ethos -, que colocou o governo mineiro entre os mais suscetíveis à corrupção no país, ao lado de Maranhão e Pará. Um exemplo visível da falta de transparência é o gasto dos governos com publicidade.

Segundo o estudo, quase nenhum Estado divulga o valor total desembolsado, e há uma lacuna em relação ao acesso às informações para fim de análise e tratamento estatístico.

Em relação à atualização dos dados, se destacam negativamente Distrito Federal, Piauí e Roraima, onde as informações são disponibilizadas dentro de 31 a 60 dias, seguidos de Minas, cujo prazo varia de 16 a 30 dias.

Quando o critério é a divulgação de informações sobre os valores executados, Minas se une a Piauí, Roraima e novamente Distrito Federal entre os Estados cuja transparência é "insatisfatória". A pior avaliação geral foi a do Amapá, que divulga somente uma parte das informações sobre a execução orçamentária.

Divulgação. Dos R$ 70 milhões reservados para publicidade do governo de Minas em 2011, foram investidos, até o início desse mês, R$ 53 milhões. Apesar dos grandes valores movimentados, é difícil saber como a verba foi utilizada, pois a informação não está disponível no Portal da Transparência do Estado.
Pelo menos duas propostas em tramitação na Assembleia Legislativa pretendem ampliar o controle sobre as despesas do governo e seus órgãos com publicidade. O argumento dos autores é a falta de fiscalização sobre a contratação e o pagamento.

O detalhamento dos gastos é uma das exigências da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23, do deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT). A "PEC da Transparência" determina, entre outros pontos, a publicação semestral de um relatório pormenorizado das despesas com propaganda.

"Há muitas informações que devem ser colocadas de forma clara para o bem do próprio governo que, muitas vezes, é questionado e acusado de beneficiar esse ou aquele grupo de mídia", declarou Rodrigues.

Ele ressaltou que não está questionando se o gasto é grande ou pequeno. "A partir do momento em que se revelam os dados, essa avaliação poderá ser feita, se o dinheiro é bem ou mal gasto. E não só pela sociedade, mas também pelos órgãos de controle", afirmou.

A maior transparência dos gastos pode evitar os questionamentos éticos e legais sobre a contratação de serviços publicitários por governos e órgãos públicos.

Segundo o advogado Leonardo Brandão, existe uma "zona cinzenta" devido à falta de critérios objetivos na legislação sobre o tema. As normais atuais só obrigam os governos a publicar as contas a cada três meses nos diários oficiais. Para ele, outras regulamentações (campanhas e propagandas) são "fluidas e pouco concretas". Ele destaca que critérios objetivos poderiam gerar equívocos. "Os órgãos de controle têm sido atuantes, mas, a rigor, não há critério. As escolhas devem seguir os princípios da moralidade e da impessoalidade".

Fonte: Jornal O Tempo

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