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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Site de vazamento anuncia suspensão temporária de atividades com objetivo de concentrar-se em arrecadação de recursos

iG São Paulo

O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, de 41 anos, disse nesta segunda-feira que problemas financeiros podem levar ao fechamento do notório site de vazamentos até fim deste ano.
“Se o WikiLeaks não encontrar uma forma de remover o bloqueio, simplesmente não seremos capazes de continuar no próximo ano”, disse Julian Assange, referindo-se ao bloqueio de seus recursos por operadoras de cartões de crédito e outras empresas desde o ano passado.
“Se não pusermos fim ao bloqueio, simplesmente não poderemos prosseguir”, disse, lembrando ter entrado com uma queixa em julho junto à comissão europeia de violação das regras da concorrência. “Um grupo de empresas financeiras americanas não pode ser autorizado a decidir sobre a maneira de o mundo inteiro aplicar seu dinheiro”, afirmou.
As declarações foram feitas por Assange no Reino Unido, onde está está retido à espera da conclusão de um julgamento de extradição para a Suécia sob a acusação de supostos abusos sexuais.
Em um comunicado, o site de vazamentos, que publicou milhares de documentos comprometedores de governos de todo o mundo, anunciou a suspensão temporária da divulgação de segredos e sigilos para concentrar-se na arrecadação de fundos que permitam garantir a futura sobrevivência.
O WikiLeaks destacou que suspende a divulgação de documentos secretos oficiais perante “o bloqueio arbitrário e ilegal” imposto desde dezembro de 2010 por empresas americanas como Bank of America, Visa, MasterCard, PayPal e Western Union, que, segundo Assange, “destruiu 95% de nossos rendimentos”.
O site criado por Assange afirma em um comunicado que se vê forçado a “arrecadar fundos agressivamente para contra-atacar”, após o bloqueio que dificulta o acesso a fontes de financiamento.
Assange acusou os EUA de estar por trás da iniciativa dos ataques bancários, que privaram a organização de “dezenas de milhões de dólares em donativos” nos últimos 11 meses. O porta-voz do site, Kristinn Hrafnsson, disse que os donativos ao WikiLeaks foram de “mais de US$ 100 mil por mês” (antes da decisão do Visa e do Mastercard) para “US$ 6 mil ou US$ 7 mil” atualmente.
As companhias financeiras com base nos EUA cancelaram o envio de fundos ao WikiLeaks depois de o site começar a publicar cerca de 250 mil documentos confidenciais do Departamento de Estado americano.
Contradições
Os anúncios desta segunda-feira contradizem declarações de Assange na semana passada durante uma videoconferência com Lima, quando afirmou que seu site estava numa forte “situação financeira” e tinha, ainda, “milhares de revelações” a fazer.
O WikiLeaks, lançado em 2006, esteve na primeira página mundial pelas informações divulgadas, em especial os abusos do Exército americano em Bagdá, publicando também relatórios confidenciais do Exércio americano sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, o que irritou profundamente Washington.
Mas foi a divulgação, a partir do final de novembro de 2010, de milhares de telegramas diplomáticos americanos que fez de Assange uma figura não desejável dos EUA.

*Com EFE, AFP e AP

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