Reforma abre tensão na Cidade Administrativa
Governador Antonio Anastasia fará mudanças em até dez secretarias
Com o fim do primeiro ano de mandato do governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), um clima de tensão já ronda os prédios da Cidade Administrativa com a iminência de uma reforma no secretariado, prevista para o início de 2012. São 22 secretarias – sendo 19 permanentes e três extraordinárias –, e 14 autarquias que já estão na mira dos dirigentes de pelo menos nove partidos, integrantes do arco de alianças que elegeu o tucano em 2010.
Na linha de frente dos possíveis “remanejados” está o secretário de Estado Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira (PP). O motivo seria sua possível pré-candidatura à Prefeitura de Montes Claros, Norte do Estado.
Outro secretário que tem seu nome postulado como um possível pré-candidato também em Montes Claros é Carlos Pimenta (PDT), atualmente à frente da pasta de Trabalho e Emprego. “Ele ainda não conversou conosco sobre essa possibilidade, mas trata-se de um excelente nome para a cidade. Nos interessaria muito se ele topasse”, declarou o presidente do PDT mineiro, Mário Heringer, que não quis falar sobre outros nomes.
Fora da seara eleitoral do próximo ano, a reforma administrativa de Anastasia também pode mirar a pasta da Educação, comandada por Ana Lúcia Gazzola, que ficou fragilizada depois da greve de 114 dias dos professores da rede estadual.
Segundo informações de bastidores, depois da crise na área da Educação, encerrada após intervenção de deputados estaduais no processo, a cúpula do Governo teria chegado ao consenso de que a Secretaria de Educação deveria ficar nas mãos de uma figura política. “Faltou experiência política à atual secretária, por isso o Governo acha que precisa de um nome político cercado de um corpo técnico eficiente”, declarou um assessor palaciano.
A crise na Educação também respingou na liderança do Governo na Assembleia, atualmente nas mãos do deputado Luiz Humberto (PSDB). O Governo já estudaria voltar com o secretário de Defesa Social, deputado Lafayette Andrada (PSDB), para o Legislativo a fim de dar a ele a vaga.
Outra secretaria que não escaparia é a de Transportes e Obras Públicas, nas mãos do deputado federal Carlos Melles (DEM). Segundo informações, sua gestão não tem agradado a funcionários e membros do Governo. O democrata não foi encontrado para comentar o assunto.
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