Recentemente informamos que alguns médicos do Centro Hospitalar da PM, diante da pressão do Comando da Corporação, estariam entrando de licença especial (LE), férias, ou – o mais estranho – licença para tratamento de saúde própria (LTS). O motivo, no caso, é o que assola quase todo efetivo da PMAL: estresse.
É bem verdade que a tropa sofre de inúmeras outras doenças debilitantes. Mas, e disso ninguém pode negar, o que o comando tem feito contra o seu efeito, sem distinção de quadro, tem relação direta com as milhares de dispensas médicas anuais. Além do mais, quem é que desempenha as atividades a contento sendo pressionado o tempo todo, bem dizer em todo serviço, sem liberdade para desempenhar os atributos do seu ofício? Sendo assim, vocês acham que com os médicos da nossa corporação, que praticamente mais atuam homologando dispensas médicas que atendendo a tropa, as coisas seriam diferentes?
E, apenas para lembrar, foi por isso que o Dr Hélder pediu demissão – embora tenha sido "convencido" a voltar atrás.
Apesar disso, conforme me revelou um oficial do CHPM (QOS), não é só por conta das pressões que os médicos estão revoltados. "Muitos estão médicos estão com o pensamento de pedir demissão por causa não apenas da interferência do comando no serviço dos mesmos, mas também por conta da escala apertada, o que está afetando a sua rotina fora da corporação; o que tem feito com que alguns companheiros [erradamente] até encaminhem pacientes para os seus dias de plantação no CHPM", revelou o oficial.
E este colega ainda disse mais: "(...) e para contornar a situação, e até mesmo como forma de dar um 'cala boca', o comando está transferindo esses médicos [revoltados] para as Assessorias Militares, como foi o caso da simpaticíssima Tenente Simur, uma excelente cardiologista que está sendo transferida para Assessoria do Palácio do Governo".
Fonte: Uniblogbr.com
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