Eu não quero pedir perdão para os meus filhos amanhã, e você?
A vida é assim, as escolhas definem o nosso mundo particular e coletivo.
Texto enviado ao JurisWay em 12/10/2010.
Danilo Santana
Eventualmente em algumas situações do nosso cotidiano podemos apenas dizer SIM e tudo correr bem, sem maiores conseqüências danosas.
Todavia, em momentos outros temos que dizer NÃO, com toda veemência, sob pena de sermos atropelados pelo infortúnio.
A vida é assim, as escolhas definem o nosso mundo particular e coletivo.
O maior problema é que às vezes somos omissos, e o resultado da nossa leniência, que não se reflete de imediato, vai desaguar em algum ponto do futuro, inexoravelmente.
É o retorno natural das nossas escolhas ou não escolhas. Felizmente ou infelizmente não há ações ou omissões que resultem em zero.
No exercício da cidadania isso também acontece. Em momentos cruciais temos ímpetos de fingir que não existimos, é a peste da omissão por excelência.
Se as coisas estão difíceis de entender, o mais comum é optamos pelo silêncio, seguirmos omissos e alheios, para depois, nos envergonharmos da nossa cômoda inércia, da nossa humildade despojada e da nossa covardia pronunciada.
Contudo, tardiamente.
As conseqüências dos nossos atos, ativos ou passivos, um dia aparecem. Pode ser que se manifestem graves, fortes, agressivas, ou que apenas nos provoquem um mal estar moral. Não importa, teremos que suportá-las, é o preço previsto.
Sabemos de antemão, não raro, que muitas vezes tentamos enganar o mundo e a nós mesmos , com palavras silenciosas, balbuciadas nos nossos momentos mais solitários, repetindo frases soltas como: uma andorinha só não faz verão; é o destino; eu não iria fazer diferença, etc.
Estes são os sinais inequívocos da covardia.
Mas agora, justo agora, é hora de escolher o nosso representante político mais importante. O Presidente da República do Brasil.
É um momento do exercício de cidadania do qual não temos o direito de nos esconder e esperar para ver como se resolvem os candidatos.
A responsabilidade é nossa.
Os corruptos contam certo com a nossa omissão. Os ladrões e marginais que assolam a política pública brasileira torcem para que continuemos a imaginar que aos bens morais e materiais do país não nos pertencem.
As rapinas do poder se realizarão se o nosso desprezo pela política se mantiver incólume.
Mas, é nosso dever, não só cívico, mas essencialmente familiar, dizer SIM ou NÃO, com toda convicção, para cada um dos candidatos a Presidente do Brasil.
É hora de escolher qual deles tem realmente qualidades que possam ser aferidas pelo seu passado e pelas suas idéias. É que só o passado de cada um poderá nos oferecer uma referência segura das suas atitudes no futuro.
Não podemos decidir embalados pelo excesso de propaganda e pela algazarra com que tentam turvar a nossa consciência e induzir nossa opção.
O exercício do nosso direito de escolha deve ser marcado pela responsabilidade, portanto, embasado na análise fria da realidade, senão vejamos:
Qual candidato tem uma melhor bagagem política?
Qual candidato tem um passado mais limpo e confiável?
Qual candidato se encontra cercado de parceiros mais sérios e honestos?
Qual candidato é menos comprometido com a criminalidade reinante?
Qual candidato é mais sincero e correto na sua trajetória política?
Portanto, tudo deve ser simples, claro e objetivo ...
Ora, considerando que o resultado das nossas decisões se refletirão para as próximas gerações, o escolhido deve ser aquele cujo passado não sinalize riscos de sobressalto no futuro.
Afinal, claro, um dia teremos que prestar contas dos nossos atos ou omissões, então é melhor ter cautela e coragem agora, afinal, eu não quero pedir perdão para os meus filhos amanhã, e você?
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