OS NÚMEROS NÃO MENTEM: O CUSTO SOCIAL DO PLANO REAL - MANIPULADO PARA ATENDER A INSANIDADE DO TIME DE FHC E SERRA - JAMAIS SERÁ QUITADO...DESEMPREGARAM E LEVARAM A MORTE MILHARES DE BRASILEIROS... |
Jornal do Brasil Plano Real, o que restou?Luiz Fernando de Paula
, 15/7/2003
Economista
O Real foi bem sucedido?
Do ponto de vista estrito da estabilidade de preços, a resposta é positiva.
O Brasil saiu definitivamente de um regime de alta inflação (com inflação que chegou a ultrapassar
os 1.000% anuais!), para um ambiente de baixa inflação, em que pese o recente repique
inflacionário. Contudo, se analisado do ponto de vista da estabilidade macroeconômica, que se
relaciona a capacidade de crescer de forma sustentada acompanhada de estabilidade financeira, a
resposta é negativa.
Os números não mentem: o PIB, depois de um crescimento de mais de 4,0% em 1994/95, teve um
crescimento médio ao redor de 2,0% em 1996/2002, a relação dívida externa/PIB passou de 27,3%
do PIB em 1994 para mais de 39% a partir de 1999, a relação dívida pública/PIB cresceu de 30,4%
em 1994 para 41,7% em 1997, alcançando 57,4% em 2002. Concomitantemente, a taxa de
desemprego, que diminuiu rapidamente no início do Plano Real, de 9,0% em julho/94 para 7,8% em
dezembro/94, passou a oscilar a partir de então, atingindo seu pico recentemente, em abril de 2003
(13,6%), no que veio acompanhada por uma queda no salário real da indústria.
Fica, então, evidente que os ganhos obtidos no início do Plano Real, em termos de crescimento do
produto, emprego, salário etc., foram mais do que compensados pelos resultados negativos do
período subsequente. Por outro lado, os desequilíbrios macroeconômicos, em termos gerais, foram
ampliados, naquilo que ficou conhecido como ''herança maldita do governo FHC''.
As mudanças efetuadas na política econômica em 1999, com a adoção de um regime de taxas
flutuantes de câmbio e de um regime de metas de inflação, não resultaram em melhorias
significativas nas variáveis macroeconômicas. Por exemplo, esperava-se que a adoção de um regime
de taxas de câmbio flexíveis tornasse possível uma redução significativa da taxa de juros,
permitindo a economia brasileira crescer a um ritmo igual à taxa potencial de crescimento, estimada
em torno de 4,5 % ao ano.
Com efeito, depois do acentuado aumento nas taxas nominais de juros no período das crises
externas, quando chegou a alcançar mais de 40% a.a., a taxa nominal de juros de curto prazo
declinou a partir de abril de 1999, atingindo cerca de 15% a.a. no início de 2001, mas voltando a
crescer no decorrer de 2001/03, chegando a alcançar mais de 25% a partir de janeiro de 2003
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