SEGUNDO CORONEL, PROCESSO É COMPETÊNCIA DA PM NÃO DA PC
O inquérito da Polícia Civil (PC) que apura o envolvimento de sete policiais militares na morte de um homem ainda não identificado que havia sido preso por eles, horas antes, num motel do Centro de Belo Horizonte, pode se transformar em guerra judicial. O comandante do 1º Batalhão, tenente-coronel Márcio Cassavari, afirmou que não vai permitir que os PMs sejam ouvidos pela PC, já que, em sua opinião, o caso seria crime militar e caberia à própria corporação apurar.
No entanto, o delgado chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, Wagner Pinto, discorda. “Vou encaminhar ofício à Corregedoria da PM para ouvir os militares. Se não conseguir, vou recorrer à Justiça”, ameaçou. Funcionários do motel e do Hospital Psiquiátrico Galba Veloso, onde o desconhecido foi deixado pelos PMs com vários ferimentos e morreu três horas depois, prestaram depoimento. O corpo permanece no Instituto Médico Legal (IML) como número 134.
Na madrugada de 19 de fevereiro, câmeras de segurança do motel registraram o momento em que o homem moreno, usando calça do Cruzeiro, camisa branca e tênis branco, era levado algemado pelos PMs. Às 3h30, ele foi “internado”. Os PMs teriam feito um outro boletim de ocorrência dizendo que ele havia fugido.
Ainda no sábado, policiais de plantão na Delegacia de Homicídios foram alertados pelo funcionário responsável pela remoção de corpos de que uma pessoa que havia morrido no hospital estava com várias lesões, suspeitando de assassinato. Os PMs haviam deixado um relatório no hospital dizendo que o desconhecido se descontrolou e quebrou tudo no motel.
A recepcionista do motel contou à Polícia Civil que o homem era perseguido por policiais militares e forçou a porta para entrar no estabelecimento, destruindo a vidraça. Ele estava agitado e pedindo socorro, segundo a testemunha. Embora apresentando sintomas de que estaria embriagado ou sob efeito de droga, o homem, de acordo com a testemunha, não apresentava indícios de que morreria horas depois. “Ele gritava muito. Dizia que iriam matá-lo. Ele não estava com sangue e nem tinha sinais de agressão pelo corpo”, contou. A versão é reforçada por uma segunda testemunha.
Quando chegou, o desconhecido carregava uma grande quantidade de dinheiro e teria oferecido à recepcionista para deixá-lo entrar, mas ela recusou e o homem invadiu um quarto. Com a prisão dele, o dinheiro teria sumido. A Polícia Civil comparou os relatórios e boletins de ocorrência registrados e constatou incoerências, incluindo os horários da ocorrência. Foi apurado que o desconhecido foi levado do motel às 3h05, mas os PMs relataram 5h20. No relatório não consta que o homem saiu algemado, como mostram as imagens. Para os PMs, “o homem invadiu tomando rumo ignorado”. No boletim de ocorrência, também não há informações sobre o dinheiro citado pelas testemunha
No entanto, o delgado chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, Wagner Pinto, discorda. “Vou encaminhar ofício à Corregedoria da PM para ouvir os militares. Se não conseguir, vou recorrer à Justiça”, ameaçou. Funcionários do motel e do Hospital Psiquiátrico Galba Veloso, onde o desconhecido foi deixado pelos PMs com vários ferimentos e morreu três horas depois, prestaram depoimento. O corpo permanece no Instituto Médico Legal (IML) como número 134.
Na madrugada de 19 de fevereiro, câmeras de segurança do motel registraram o momento em que o homem moreno, usando calça do Cruzeiro, camisa branca e tênis branco, era levado algemado pelos PMs. Às 3h30, ele foi “internado”. Os PMs teriam feito um outro boletim de ocorrência dizendo que ele havia fugido.
Ainda no sábado, policiais de plantão na Delegacia de Homicídios foram alertados pelo funcionário responsável pela remoção de corpos de que uma pessoa que havia morrido no hospital estava com várias lesões, suspeitando de assassinato. Os PMs haviam deixado um relatório no hospital dizendo que o desconhecido se descontrolou e quebrou tudo no motel.
A recepcionista do motel contou à Polícia Civil que o homem era perseguido por policiais militares e forçou a porta para entrar no estabelecimento, destruindo a vidraça. Ele estava agitado e pedindo socorro, segundo a testemunha. Embora apresentando sintomas de que estaria embriagado ou sob efeito de droga, o homem, de acordo com a testemunha, não apresentava indícios de que morreria horas depois. “Ele gritava muito. Dizia que iriam matá-lo. Ele não estava com sangue e nem tinha sinais de agressão pelo corpo”, contou. A versão é reforçada por uma segunda testemunha.
Quando chegou, o desconhecido carregava uma grande quantidade de dinheiro e teria oferecido à recepcionista para deixá-lo entrar, mas ela recusou e o homem invadiu um quarto. Com a prisão dele, o dinheiro teria sumido. A Polícia Civil comparou os relatórios e boletins de ocorrência registrados e constatou incoerências, incluindo os horários da ocorrência. Foi apurado que o desconhecido foi levado do motel às 3h05, mas os PMs relataram 5h20. No relatório não consta que o homem saiu algemado, como mostram as imagens. Para os PMs, “o homem invadiu tomando rumo ignorado”. No boletim de ocorrência, também não há informações sobre o dinheiro citado pelas testemunha
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