Demissão de quatro PMs depende da Justiça
Do R7
O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, demitiu na sexta-feira (29) sete inspetores da Polícia Civil acusados de receptação, extorsão e roubo. Quatro oficiais da Polícia Civil também devem ser expulsos após a autorização da Justiça.
Os 11 policiais tiveram seus processos julgados pela Corregedoria-Geral Unificada. Enquanto as demissões dos policiais civis serão publicadas na segunda-feira (1º) do Diário Oficial, no caso dos PMs, a expulsão precisa ser autorizada pela Justiça.
Dois PMs já foram citados na CPI das Milícias, por pertencer à milícia atua na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Os outros dois têm ligações com a máfia dos caça-níqueis.
Quadrilha movimentava R$ 800 mil por semana
Cinco inspetores da Civil são suspeitos de envolvimento com uma quadrilha investigada por roubo e receptação de cargas de caminhões - principalmente laticínios, café e carne -, extorsão, corrupção passiva e prevaricação. O bando, que agia a pelo menos cinco anos, chegava a movimentar R$ 800 mil por semana. Uma operação da Polícia Federal prendeu a quadrilha em 2009, formada por 44 pessoas.
O chefe do setor de roubos e furtos da Delegacia de Nova Friburgo (151ª DP) participava do esquema. Segundo a PF, a quadrilha também atuava em outros dez municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Campos, Cordeiro, Cabo Frio, Macaé, São Sebastião do Alto, Paraíba, Guapimirim e Teresópolis.
Outro inspetor demitido participou do roubo de R$ 325 mil em um escritório de advocacia em Volta Redonda, sul fluminense. O sétimo acusado foi preso em flagrante por usar o usa do cargo para conseguir vantagem indevida.
Um dos oficiais da PM acusados conseguiu voltar a corporação mesmo após ser expulso em 2001 por ligação com milícias e envolvimento no sequestro e morte de um taxista.
De acordo com a Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), os bens de um dos PMs acusados eram estimados em R$, 4,2 milhões, quando foram bloqueados pela operação Rolling Stones em 2009, que investigou a milícia que atua em Rio das Pedras.
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