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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Por falta de delegados, ocorrências agora poderão ser analisadas por telefone ou e-mail

 

A Polícia Civil precisou improvisar para amenizar a situação da falta de delegados no estado. Para que o cidadão não saia da delegacia sem conseguir registrar a ocorrência, por falta de autoridade policial, agora os delegados estão autorizados a analisar crimes menos graves, como furtos a residências, por telefone ou e-mail.
De acordo com o corregedor interno da Polícia Civil, Gilson Emiliano, a medida vai amenizar o impacto do baixo efetivo de delegados na instituição e impedir que os cidadão sejam obrigados a percorrer várias delegacias para registra uma ocorrência.
— Não se tratando de um flagrante delito ou uma medida cautelar judicial, o comissário deve entrar em contato com a autoridade para que ele tipifique o crime e dê as orientações de como proceder — explicou.

O estado do Rio tem 1.022 delegados, sendo 655 na ativa e 467 aposentados, o que dá uma média de 5,7 por município.
O presidente da Associação de Delegados do Rio de Janeiro, Wladimir Reale, acredita que o corregedor somente tornou oficial algo que já é feito.
— O quadro de delegados está reduzido pela metade, então a adaptação é necessária e momentânea. O delegado no fim de semana, por exemplo, está em uma central. Se ele for procurado vai analisar a ocorrência e, se for necessário, ele terá que se deslocar — acrescentou Reale.
Na recomendação número 010, publicada no Boletim da Polícia Civil, o corregedor afirma considera que “apreciação dos fatos que podem gerar ocorrências policiais é uma garantia do cidadão, que tem o direito subjetivo de ver seus atos devidamente apreciados por autoridade competente”.
A nova recomendação gerou opiniões divergentes. Para o presidente do Sindicato de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sinpol-RJ), Fernando Bandeira, a presença do delegado é indispensável em qualquer situação que dê início a uma investigação.
— Desde o primeiro contato, à denúncia e à ocorrência. Todo o sistema de comunicação com certeza ajuda, mas não chega a um resultado tão positivo. O que é preciso melhor é o efetivo e os salários dos comissários também — reclama.
Bandeira assume, no entanto, que há dificuldade de ter delegado em todas as delegacias a todo momento, mas faz ressalvas.
— Sabemos que são mecanismos para facilitar as atividades profissionais. Mas acaba que o agente, que ganha muito menos que um delegado, fica sobrecarregado — diz.
No ínicio do ano, o governo aprovou aumento de 70,1% do salário dos delegados parcelados em 24 meses. O salário-base dele será de R$ 5.066,14 em dois anos, podendo chegar a R$ 15 mil. Já os agentes terão reajuste de 87,34% ao fim de dois anos.
— Um comissário iniciante vai receber 15% do salário de um delegado com as gratificações. Queremos apenas um equilíbrio — afirma.

Reprodução do Extra on line

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