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sábado, 7 de janeiro de 2012

Inflação fecha primeiro ano de Dilma em cima do limite da meta: 6,5%

Índice de Preços ao Consumidor Amplo sobre frente a 2010 e é o mais alto desde 2004, mas fica dentro do teto proposto pelo governo pelo oitavo ano seguido. 'Vilões', alimentos repetem maior peso na inflação mas são únicos a desacelerar. Depois de queda de braço com 'mercado' em 2011, presidente do Banco Central comemora IPCA 'em linha com cenário antecipado pelo BC'. 
 
BRASÍLIA – A inflação passou boa parte do primeiro ano da gestão Dilma acima do limite máximo autoimposto pelo governo (6,50%), quando, de abril em diante (6,51%), fazia-se o cálculo pelo acumulado em 12 meses. O diagnóstico do governo sobre as causas dos aumentos de preços e as ações que adotou para contê-los foram contestados pelo “mercado”, que há muito tempo não lidava com um Banco Central (BC) dirigido só por funcionários de carreira.

Mas, com o resultado da inflação em dezembro, o governo em geral e o BC, em particular, podem dizer que venceram a queda de braço com o “mercado”. Em 2011, a inflação ficou dentro da meta pela oitava vez seguida, desobrigando o presidente do BC, Alexandre Tombini, do constrangimento de, também em seu primeiro ano à frente da instituição, ter de escrever uma carta pública para explicar por que a meta foi descumprida.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 6,5% no ano passado. Foi a maior inflação anual desde 2004 (7,6%). E superior à herdada pela presidenta Dilma Rousseff do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (5,91%, em 2010).

Pelos dados do IBGE, observa-se que alimentos e bebidas tiveram o maior peso dentro da inflação acumulada, o que já é quase um costume. Mas com um peso menor do que em 2010. Todos os outros grupos de produtos categorizados pelo IBGE tiveram em 2011 variações maiores e um impacto maior no IPCA, exceto “artigos de residência”. Foi assim com transportes (grupo que mais subiu), vestuário, saúde, educação, despesas pessoais, habitação e comunicação.

Apostas

O resultado final do IPCA ficou acima do que o BC e o “mercado” projetavam um ano antes. Para o BC, segundo o último relatório trimestral de inflação de 2010, divulgado em dezembro daquele ano, a inflação ficaria entre 4,5% e 5%. Já o “mercado” que o banco consulta toda semana sobre uma série de indicadores apostava em 5,3%.

Logo nos primeiros meses de 2011, contudo, essas previsões foram recalculadas, diante de uma combinação de fatores que contribuiria para pressionar a inflação (cotações internacionais das commodities, alta dos combustíveis, sobretudo do álcool, serviços internos encarecidos por causa do baixo desemprego e pelo aumento da renda).

Em nota divulgada para comentar o resultado do IPCA de 2011, o presidente do BC fez questão de ressaltar o oitavo cumprimento da meta – que é de 4,5% podendo ficar dois pontos acima ou abaixo, pelas regras brasileiras. E que a queda da inflação ao longo do ano ocorreu "em linha com o cenário antecipado pelo Banco Central".

Na nota, Tombini diz que “indicadores reforçam a percepção de significativo arrefecimento das pressões inflacionárias”, como a tendência declinante do índice de preços mais afetado pelo dólar (IGP-M), que caiu de 7,5% no terceiro trimestre para 5,1% ao final do ano.

E, com isso, Tombini faz uma afirmação otimista sobre o que vem pela frente.
“Em 2012, a inflação ao consumidor seguirá recuando e se deslocando na direção da trajetória de metas, dinâmica esta consistente com a estratégia de política monetária adotada pelo Banco Central”, disse Tombini na nota. 

Em café da manhã de fim de ano com jornalistas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também foi otimista sobre a inflação em 2012, para a qual o BC, em sua mais recente projeção, estima em um patamar entre 4,5% e 5%. “A inflação mundial em 2012 estará mais comportada do que em 2011”, afirmou Mantega, que está de férias.

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