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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vereadores da Capital mudam tom sobre salário de R$ 15 mil


Pressionados, parlamentares voltam atrás e passam a trocar acusações sobre projeto aprovado por maioria


LUIZ COSTA/ARQUIVO
aumento vereadores
Manifestantes ocuparam as galerias da Câmara em protesto contra reajuste

Um mês depois de aprovarem, com maioria esmagadora, projeto de lei que reajusta seus próprios salários em 61,8%, os vereadores da Câmara de Belo Horizonte estão mudando de opinião. Após a mobilização de centenas de cidadãos indignados com o aumento e quatro protestos que pararam a capital, ganhando destaque nacional, vereadores que haviam votado a favor, agora, posicionam-se contra. Vale lembrar que dos 41 vereadores, 39 pretendem se reeleger no pleito desse ano.
 
Levantamento feito pelo Hoje em Dia, mostra que, dos 23 vereadores consultados, 11 são contra o reajuste, oito a favor e quatro ainda não se posicionaram. Cenário diferente do dia 16 de dezembro, quando 22 dos 25 parlamentares presentes na sessão ordinária aprovaram a matéria.

O vereador Márcio Almeida (PRP) foi um dos que mudaram de opinião nesses 30 dias. Ele criticou o percentual de aumento de 61,8% por considerá-lo alto. “Sou a favor de ter aumento, mas não de 60%. Se fosse um aumento de 30%, eu até seria favorável”, declarou. Nenhum dos 25 vereadores presentes na sessão de dezembro apresentou emendas ou questionou o percentual do reajuste.
 
Outro parlamentar chama os vereadores contrários ao aumento de hipócritas. Para Preto do Sacolão (PMDB) os colegas Neusinha Santos (PT), Arnaldo Godoy (PT) e Iran Barbosa (PMDB) teriam assinado um termo, concordando em não apresentar emendas ao projeto, e depois votaram contra o aumento. “Isso é hipocrisia. Eles concordaram em não apresentar emendas, daí vão e votam contra? Eu votei a favor, mas, agora, vou ver com a maioria da Casa para definir meu posicionamento”, declarou o peemedebista.


 


O vereador Paulinho Motorista (PSL) defende o aumento de R$ 9 mil para R$ 15 mil. Ausente na sessão que aprovou o texto, o parlamentar alega que se estivesse presente teria engrossado a decisão da maioria da Casa. “Estava doente e não pude ir à sessão, mas se estivesse lá, teria votado a favor”, declarou o parlamentar, que ainda critica os colegas. “Se o aumento for aprovado, vou até a tribuna e pedir que eles devolvam o dinheiro que receberem a mais”, disparou.

 
No coro daqueles que são contrários ao aumento, Daniel Nepomuceno (PSB) tem buscado argumentos, junto ao Ministério Público do Estado e Tribunal de Contas, para tentar extinguir o projeto. “Existem brechas que podem levar à ilegalidade da matéria”.
 
Já Ronaldo Gontijo (PPS) quer discutir a moralidade do reajuste. “Não falo em irregularidade, mas em moralidade. Acho que o percentual do aumento é abusivo”, disse, ressaltando. “Na primeira sessão, eu não estava e não votei”.

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